O
espectador é a ruína da plena beleza
ele rompe a espontaneidade
o suor da felicidade resvala por todo o ambiente
esta sua boca é uma ideia.
O teu gesto um poema.
ele rompe a espontaneidade
o suor da felicidade resvala por todo o ambiente
esta sua boca é uma ideia.
O teu gesto um poema.
O mundo não
acabará em 2012, ele finda todo o dia e nem mais é
preciso abrir as páginas dos jornais. Na incessante luta entre
pautas leves e assuntos pesados na imprensa, abrir a janela e
arriscar um olhar à paisagem tornou-se um desafio fascinante.
Não, essa não é uma narrativa sobre a brilhante
obra de Manchevski e as possibilidades de percepção
criadas. Isso é outra coisa.
Com mérito, a
cobertura intensa do período de chuvas exige dos jornalistas a
costumeira inovação no olhar e precisão na
construção das narrativas sempre diante de um tema
cíclico. Todos os anos, além de apresentar a falha
infraestrutura, as consequências evidentes da negligência
e da água que desaba do céu, os veículos apontam
soluções, distribuem versões e incentivam à
solidariedade.
A Defesa Civil de Minas
Gerais divulgou que 228 cidades no Estado foram afetadas pelas
chuvas, atingindo mais de 3 milhões de pessoas, sendo 52.700
desalojadas e 4.000 desabrigadas. De acordo com o órgão,
166 municípios estão em estado de emergência em
virtude das chuvas. A cobertura do Estado de Minas, O Tempo e Hoje em
Dia tem procurado equilíbrio ao falar de recursos x estragos.
Além de sinalizar o descaso governamental, os indícios
de corrupção e a sucateada infraestrutura é
preciso mostrar o compromisso de poucos, tanto nos governos, quanto
na esfera popular.
Os jornais (mais os
estaduais do que os regionais) dimensionaram até que bem os
impactos na saúde (contaminação, doenças
e mortes – o sistema está preparado?), alimentação
(acesso e produção de alimentos, impactos no mercado do
agronegócio), segurança e logística (quando e
como retornar às residências), estradas (os buracos
tapados com promessas) e etc. Dados do jornal Estado de Minas revelam
que a União deixou de investir 58% dos recursos autorizados
para obras de prevenção contra estragos provocados por
enchentes. Em Minas Gerais, foram pagos apenas 47 do previsto.
Entretanto, falta ainda
um questionamento sério a respeito do paradoxo entre
planejamento e execução. Afora os blogs (que
alastraram-se pelos sites dos veículos de imprensa como
alternativa de posicionamento, narrativa e inquietação),
é preciso estar presente nas matérias. Victor Hugo já
disse uma vez que a imprensa “é o dedo indicador”,
sinaliza, cutuca, gera movimento à cena. Parafraseando Balzac,
assim como o homem sucumbe à mulher, a massa sucumbe à
imprensa, mesmo ao ignorá-la. O modelo vigente de
administração pública apresenta-se baseado em
uma desarmônica dança entre interesse público,
interesse da iniciativa privada e interesse particular.
Diante do imediatismo
de se fechar o texto, maior deve ser a intensidade do olhar e
incômodo do jornalista, pois ações efetivas para
a melhoria da qualidade de vida, muitas vezes são consequência
do ruído gerado por um texto. Reflexão e refração
de Imagem (seja particular, pública ou organizacional) é
o que determina as ações neste mundo que se acaba
imerso no iminente recomeço.
O Haiti é aqui?
As crises, atrocidades e conflitos estão globalizados; mas e
as soluções?
"Imprensa é
oposição. O resto é armazém de secos e
molhados." Millôr Fernandes
"O jornal é
uma tenda na qual se vendem ao público as palavras da cor que
se deseja." Honoré de Balzac
Artigo publicado também no Observatório da Imprensa
http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed677_antes_ou_depois_das_chuvas
www.passocomunicacao.blogspot.com
Sou
a citação no meio da sua frase.
Sou o plágio no seu suor
a impossibilidade que esvai com seu cheiro
sou seus sentidos dominados por elas
Sou o plágio no seu suor
a impossibilidade que esvai com seu cheiro
sou seus sentidos dominados por elas
a madrugada, a espera, a manhã