sábado, 24 de setembro de 2011

Comunicação nas mídias sociais

Why write about love B&S? Let's work a little.... #lovejob


Impressões após circular por mesas multifacetadas







Ideia Aberje Digital – Gestão estratégica da Comunicação digital nas mídias sociais
2011

Mesas de Conferência:

  1. A importância do monitoramento da marca nas mídias sociais (Alessandro Barbosa Lima – CEO da E. Life)
  2. Estratégia de mídia online: relacionamento digital com o mercado (Fábio Cipriani – Deloitte e Kraft foods)
  3. Como lidar com o consumidor nas redes sociais (Edmar Bulla – Consultor em Marketing Digital)
  4. A Interação nas redes digitais no mundo corporativo (Luli Radfaher – Doutor em Com. USP)
  5. As novas ferramentas de interação social (Fernando Neves Diretor da Ketchum Digital)
  6. Redação e informação para internet e mídia digital (Bruno Rodrigues – Consultor de Mídia)

Palestras
  • Mensuração nas redes sociais (Marcelo Coutinho – Diretor de Inteligência de Mercado da Terra)
  • Gestão de crises nas redes sociais (Pollyana Ferrari Consultora de Mídia Social e Hélio Muniz ex-Diretor de Comunicação da GOL e atual Diretor de Comunicação da Mc Donalds).
Impressões:

  1. - As mídias sociais estabeleceram-se como um verificador de socialização, capaz de realizar o referenciamento de discursos e novas narrativas. As redes causaram a descentralização dos grupos de discussão.
- O monitoramento contribui para o acompanhamento do impacto imediato na valorização da imagem organizacional.
- As grandes discussões e crises de imagem nas redes digitais tem alto impacto em curto tempo. A reverberação da mensagem no meio tem a duração estimada de duas horas.
- Para mensurar a reputação de uma organização e seu posicionamento em rede social é fundamental utilizar a metodologia MAPA (Monitoramento, Análise, Posicionamento e Ação) e definir um histórico em Social Business.
- É fundamental verificar os gargalos de relacionamento da Empresa, o nível de informação e satisfação do público alvo.
- Terceirizar a gestão das mídias sociais é um erro, uma vez que a ferramenta é para disseminação do discurso organizacional e para agregar valor ao negócio; exigindo assim conhecimento sobre a identidade setorial e organizacional. Em último caso, pode-se terceirizar o monitoramento e a mensuração básica.
- O posicionamento da Empresa em tempo hábil é decisivo para o fim de uma crise nos meios.
- Atualmente, verifica-se pouco diálogo entre as marcas e os usuários das Redes. É preciso que as empresas passem a agregar valor e transformar as mensagens, estabelecendo uma comunicação direta com seus públicos.


  1. A avalanche de conceitos e formas de comunicação não deve sobrepor os valores corporativos e a posição da Empresa no mercado. Embora de caráter imediatista, o relacionamento em rede digital antevê um processo de relacionamento de longo prazo, de maneira interativa, transparente e, essencialmente, imediata.
- Importante ressaltar na Política de Segurança da Informação da Empresa, que os empregados não são porta-vozes da Empresa. A gestão corporativa das Redes é de responsabilidade da área de Comunicação e a utilização particular do meios deve ser realizada com responsabilidade e bom senso.
- Sugiro inserir um guia de boas praticas em redes sociais digitais na Política de Segurança da Informação da Empresa. Ex: Conectar-se a chefes em redes sociais pode causar problemas [Postura invasiva, superexposição]. Postar mensagens relativas a rotinas e ambientes de trabalho, bem como temas relacionados ao setor e atividade da Empresa.
- É preciso definir o perfil de privacidade desejado ao operar as redes sociais.
- A correta utilização das redes é um caminho para encontrar espaço na mídia tradicional, reforçando o discurso da Empresa. A Rede Social pode ser uma plataforma para humanizar o contato da Empresa com o público alvo.


  1. Tecnologia é o fetiche da pós-modernidade. Permite a sensação do indivíduo em se tornar um newsmaker e mudar o fluxo comunicacional em termos de produção, consumo e profundidade de informação.
- As empresas necessitam gerar índices para verificar a eficiência da comunicação digital e entender o consumidor, diagnosticar sua identidade.
- Devemos esquecer o conceito de Campanha (que tem início, meio e fim) – Publicidade; e realizar o Relacionamento (firmado em Continuidade) – Comunicação.
- A presença da Organização nas Redes Digitais deve ser útil tanto em termos de formato, quanto referente ao conteúdo. As Empresas têm de traçar a Relevância Cultural de seu posicionamento. Deve respeitar a identidade cultural de seu público e adaptar sua mensagem sem perder o foco no negócio da empresa (mitigar impactos socioculturais derivados de sua atividade).
- O consumo em mídias online tem crescido a revelado a tendência em uso de tecnologia mobile (smartphones e tablets), sendo que os sites corporativos condensam a mensagem séria, oficial e aprofundada. As redes sociais como mecanismos de posicionamento, disseminação de link para conteúdo corporativo.
- As métricas geradas para mensuração em mídia são uma base para verificação de imagem, mas é importante também considerar o código cultural da Empresa e onde ele está localizado na sociedade.


  1. Todo o trabalho em mídia social digital se resume na tradução de duas palavras em alemão que significam: Entender o que está acontecendo agora / Como isso encaixa em nossa visão do mundo.
- A cultura do mobile revelou uma escassez na eficiência dos serviços.
- O Facebook pode ser considerado não uma plataforma, mas um país multicultural, o terceiro mais populoso um ecossistema. E também uma prisão digital que revela costumes e anseios da população cada vez mais digital.
- As empresas precisam compreender a rede social (analógica, física e digital) da qual faz parte, reconhecer a identidade da organização nessa rede.
- Após entender o que está acontecendo agora. Identificar a vanguarda comunicacional e entender como isso se relaciona aos valores da Empresa e suas diretrizes de relacionamento com as comunidades.


  1. O registro de impressões de marca e percepção de mundo expandem as mensagens sem muitas vezes alterar o conteúdo, mas sim sua reverberação. A brincadeira do “telefone sem fio” foi digitalizada. A retro-alimentação do conteúdo reforça a importância do mass media na definição do agenda setting das redes sociais. Os veículos de massa não controlam, mas interferem e até certo ponte referenciam a pauta das redes sociais. Desta feita, o posicionamento em rede social é também um desdobramento das ações de Assessoria de Imprensa.
- A nova plataforma garante um relacionamento multilateral com a informação. Os canais de Comunicação permitem diferentes posicionamentos dos usuários em relação a um assunto. Como lidar e interagir com os diversos personagens que formam o indivíduo é um dinâmico desafio para a comunicação corporativa.
- As novas mídias permitem ao profissional de comunicação traçar perfil de Relevância e identidade cultural do consumidor (público alvo).
- A plataforma é apenas um meio. É importante o planejamento e modelo de posicionamento junto ao público.


  1. Diante do consumo desestruturado de informação e da saturação de mensagens e veículos, é fundamental objetividade, agilidade e transparência na construção das narrativas corporativas. Estudos indicam que até 2015 a informação será duplicada a cada duas horas, em função da pouca profundidade e capacidade de absorção dos usuários diante da enxurrada de dados.
- Os textos devem usar corretamente de hiperlink e interlink, referenciamento de conteúdo e tráfego de dados. Ter clareza, simplicidade e estrutura que garanta aconchego e respiro à leitura. Deve-se ter amarração entre as mídias sociais, os mecanismos de busca e os sites corporativos. Sendo que a informação aprofundada encontra-se neste último, tornando os outros mecanismos de disseminação de links, e posicionamento imediato.




Palestras
Mensuração

Devemos estabelecer matrizes simples de mensuração para diagnosticar a reputação e influência da Empresa nas mídias sociais digitais. A participação da Empresa nas redes deve agregar valor ao negócio, reduzindo custos ou gerando vendas. No caso de uma Empresa de base florestal (celulose), a presença agrega valor às Relações Institucionais da Empresa e no posicionamento junto às comunidades. A penetração da marca depende também da identidade do setor nos meios e da postura dos concorrentes.
As métricas são apenas estratégias balizadoras para as ações. A métrica mais utilizada para mensurar o índice de reputação teve sua origem nas fórmulas de assessoria de imprensa.
Exemplos:

Favorabilidade = n de comentários total – nº comentários negativos
nº comentários total


Quando a gestão das mídias sociais é terceirizada, a métrica de mensuração utilizada envolve, premissas de retorno sobre investimento:

Return Marketing Invest.
ROMI = Receita gerada x margem de lucro – investimento
valor do investimento

ou

Return Ivest.
ROI = Lucro líquido
Investimento


Subjetividade = Comentário Positivos + Comentários Negativos
Comentários Neutros

Índice de Penetração = Comentários Positivos
Comentários Negativos

O custo relativo de um seguidor pode ser calculado da seguinte forma:

CS = R$ hora do gestor de mídia social
nº de seguidores

Importante lembrar que Audiência (número de seguidores) não é influência. A análise de profundidade da mensagem deve ser considerada antes de declarar um comentário como crise de imagem comunicacional.
A mensuração é base e não regra de posicionamento. No entanto, ela contribui para melhoria da estratégia de comunicação nos multimeios e deve ser um desdobramento da ação de monitoramento das redes.
O Nodexl é um free software com diálogo com plataforma Excel, que permite mapeamento das redes e identificação de formadores de opinião na rede corporativa.
Por meio da identificação de um formador de opinião, uma empresa pode antever gargalos na comunicação e antecipar a uma possível situação de crise.


Gestão de Crises


A temporalidade de uma crise é determinada pelo índice de transparência e posicionamento de uma organização.
É fundamental identificar os gargalos de comunicação e relacionamento, analisar e definir estratégias de ação, determinando ações básicas.
A Rede Social Digital é uma janela aberta em um prédio alto, localizado em um condomínio populoso, onde cada um grita o que quer.
Quando a corporação compreende o poder do Buzz Social (mensagem nas redes), ela se abre à espontaneidade e oportunidades de dialogar com o Ser Social que agora é um produtor e disseminador de conteúdo de forma mais intensa e com maior alcance.
A Empresa não pode ser refém da crise, mas encontrar nela oportunidade de reforçar sua marca. Criar compreensão sobre os problemas e possíveis erros. As premissas para gestão de crise em imprensa se aplicam à gestão de crise em mídia social. Todavia, em virtude do espaço limitado para um paper de posicionamento completo nas mídias sociais, uma mensagem corporativa deve referenciar por meio de link ao site corporativo com a posição oficial da empresa; e atualizar de forma pontual nas redes sociais. Todo questionamento deve ser respondido, de acordo com a priorização dos formadores de opinião.
A gestão da narrativa e posicionamento da Empresa é de responsabilidade da Comunicação Corporativa da Empresa.
A Empresa, de acordo com o impacto da crise e a demanda por informações complementares, pode utilizar os meios eletrônicos para disponibilizar o posicionamento da Empresa (VT do Presidente no site / Texto completo do Paper de Posicionamento / Fotos oficiais / Áudio do Vt para rádios).
A presença da Empresa nas mídias sociais deve esboçar simpatia e prontidão perante ao público. Transparência e sobriedade são determinantes não apenas quando surge um momento de crise.

now we can come back to.....


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

citações



Quanto vale o crédito?

E faz o quê mais sentido? A soberania de Wagner que sem usar palavras reflete nossas angústias e voracidade? Expõe nossas entranhas emocionais com as cordas, alimenta a utopia com o sopro, entretanto neutraliza a esperança com a ponta dos dedos”.

"Quando a vanguarda vira clichê, sei que estou ficando velho, ou que tudo está muito rápido. Resta-me dizer amo você, mesmo que seja você uma ideia".

“Você é sem gosto, sem cor, sem cheiro. Chego em casa e sempre as mesmas enxurradas, os mesmos terremotos, o apocalipse de sempre sem o fim eterno. Você corrói meus músculos e liquefaz meus nervos. Estou sangrando palavras tolas. Todavia, seja feita tanta incoerência: não fico sem você. Pura e cristalina, exposta a coliformes sociais, extraviada em suas ideias, você. Evapora”.

“Quando Eric Arthur disse que {Muitas pessoas não desejam sinceramente ser santas, e é provável que as que alcancem a santidade, ou que a ela aspirem, jamais tenham sentido muita tentação de ser seres humanos}; muitos sorriram, permaneceram com a bíblia aberta na sala, ou posta nas axilas, contudo a leitura fora descartada. Os aspirantes a vivem”.

"Proposital, assim foi. Foi assim proposital. Tantos autores sussurrando confusão e esperança. O indivíduo em seu espaço crítico, com um repertório aos ouvidos que grita no vácuo a razão, sobrevive. E o propósito tal que repercute no banheiro durante o escovar os dentes, é vapor; assim como o é a vida".

"O mergulho raso virou mergulho. O oráculo não fecha biblioteca mas peneira. O profundo mergulho ainda é profundo. Ante a fraca construção resta escolher o lugar de assisti-la ruir. Reconstrução".

"Não apenas caem os cabelos, mas as cordas vibram no Baiano. As memórias brilham como ouro. Os olhos lacrimejam e as gerações são como dois rios que se encontram rumo ao mar. O artista o é em essência e intensidade enquanto é anônimo. Assim flui a vida sem registro, mas com a espontaneidade de sua beleza".

"Somos voláteis, versáteis à procura de um ponto fixo em meio ao estardalhaço. Navegar ou viver? Precisão e necessidade. Montar frases; cavalos selvagens agonizando durante o galope".

há quem entenda
vale uma passagem de ida.
a quem entender.


O poder das aspas
o alívio de colocar o peso no ombro do outro;
a certeza de dizer sem assumir
o poder da escolha;
está comum textos exagerados em citações
situações / desequilíbrio
quem é o fiel?

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ponto



Imersos em um mundo onde mercados competidores financiam ideologias, é necessário despolarizar as discussões. A polarização facilita argumentos e definição de estratégias, mas cega o indivíduo e o limita ao universo socialmente concebido como “modernidade e pós-modernidade”. A globalização levou cada um a etiquetar sua tribo, franquear seus desejos, seus sonhos, sua aldeia, e ser global por meio da contaminação do outro em busca de purificá-lo pela miscigenação.


O ser humano nunca desistiu do controle, nunca saiu da bacia da vaidade. Às vezes se levanta, ventila uma humildade de fazer pedra jorrar água, mas logo se assenta com orgulho e com sua hipócrita humanidade arrota soberba. Balzac está certo sobre o crítico. Phoda. Darwin errou. O bocejo é uma poesia e não a reminiscência. A lágrima nem sempre é o grito; muitas vezes é o gozo.



diálogos


o gosto de sua faca faz-me deixar de sonhar;
o gosto da lágrima traz de volta o fôlego
eu sou o beijo na sua boca
sou eu o botão de sua roupa
a sua voz rouca
você ficando louca
você sempre aumenta um verso
sempre você a me espremer entre estrofes

diálogos às vezes são sussurros
palavras que escondemos em um olhar


há distância


ponto.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

se fala



Ainda se fala de alma. As pessoas não dão conta de uma e procuram a gêmea. Encontram a semelhante, o reflexo, o inverso. Deslumbram-se em perdição em função do catálogo de desejos atualizados todos os dias pela “mente social” [a rede de significados/significantes posta à mesa].


“Perto das grandes todos são pequenos”. Egos empalidecem. Frases irritantes das focas a tatear assessorias ressoam entre os dramas corriqueiros dos dinossauros. Impressiona a forma como a carne [óbvio], a caminho da putrefação, à mercê da medicina e do tempo, com alterações de formato e consistência, interfere e muitas vezes controla as escolhas, os desejos e a filosofia contemporânea.


A mídia, os sistemas e a estranha necessidade de destoar; tudo soa cansativo. Somos olheiras e cremes, rigidez e flacidez. Carne e ideias, onde os números são indicadores de felicidade. O ser humano concebe a liberdade como tudo pode e deve ser experimentado. Desta feita, os desejos sociais variam da tradicional família à moderna orgia, institucionalizada, à pós modernidade está garantido o colapso. Este é o presente; desembrulhado, regurgitado.


O retrato social revela uma paisagem de muitos deuses, muitos santos, muito eletrônico, muito gozo, muito barulho e a profundidade rasa de uma ventosa suja. Não há interrupção de ritmo; o máximo a se fazer é o atraso, ou o desvio, entretanto o fluxo da mazela humana segue. Graças a Deus. A falência é clara. Uvas foram espremidas, cacau beneficiado e a gordura exposta ao calor; há sabor para sentir o movimento do tempo. O Dedo Torto de Deus rege a existência em linhas retas, de forma a nos mostrar a insignificância humana, o extraordinário potencial e o amor e o amor do qual somos alvo. Ainda se fala em alma, embora o saco esteja cheio.

....

calada, solta à mesa a palavra salta para dentro de mim
aperta meu coração, sufoca minhas ideias
faz gozar minha insignificância

soberba, a palavra se faz imagem
ressoa em minha cabeça
reverbera dentro de cada veia, artéria de minhas ilusões

e seus cabelos guardam o cheio que não é cosmético,
não é ambiente
é de dentro

entro?
isso é outro passo
calado, preso em meus olhos o olhar pula em uma palavra
e o dia logo escorre


...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Off sina





O umbigo sujo. Limpar é delicado, a área é sensível. Ainda assim olha-se o epicentro das decisões humanas como quem adora a um deus. A vaga ideia, vazia aldeia de minhas ilusões.


A contemplação de um dia entre os sons orquestrados, as palavras cantadas, a poesia receitada, mas não recitada, as palavras deixadas ao chão, os sabores e a umidade. O ritmo da esperança, a sensibilidade não-corporativa, nem sócio, muito menos econômica. O Quarto de Dormir.

O desejo de informar com furos faz vazar a consciência, deixa escapar o que deveria ficar. Permite que entre o que fora haveria de estar. Os móveis estão fora do lugar. São móveis.


Entre os pés, os traços da urbe que clama por menos cinza, por menos gente, por menos esporro e mais assovio. O suspiro dos hipócritas quebra a concentração do pássaro, interrompe a espontaneidade do canto. As árvores vão ao chão enquanto ainda há café na xícara, ideias no prato e sonhos agarrados nas unhas. E para muitos, nada como um banho de ilusão, secados com a toalha da realidade. A mala está cheia de toalhas. Tem espaço aqui.


Quando os joelhos dobram e não há forma de se esconder. Nem as lágrimas despencam, nem o tempo para, muito menos entra no agenda setting. E "eu não sou da sua rua". Nem ao menos provei os cafés de Sanada, nem ainda foram provados;


escrever para arranjar as palavras, escrever para despedaçá-las em outras frases. Rabiscar para bagunçar, para organizar o óbvio.



()

sábado, 6 de agosto de 2011

Oficina


disfarçado entre os dentes.

Não podia eu, fixar-me em Ambos Mundos, pois minhas linhas eram medíocres, comuns. Finca Vigia por uma foto, ou nota de jornal, apenas existe. Imersões culturais. Confortável e desolado entendo minha escrita. Agrado-me. Agrado.

Cansaço pede.
Melaço escorre.
Cansaço impede.
A rede Acolhe

Escorre na luz ó gota d’água
Reflete a inércia de meus pensamentos
Rega na névoa derradeira as pétalas de meu sonho
amanheceu novamente.

Escorre a gota livre dos resíduos urbanos
orvalho que nutre as manhãs daquele que insiste em sonhar

Escorre como ácido meu veneno sobre
meus sonhos dentro de minhas veias.
Pra quê nos afastamos de sermos tão simples?
Quando lembrar não é desejar, lembrar não é sentir.
Chove cinza sobre meus passos
toca meus cabelos, faz arder meus olhos.

rangendo ideias
batendo papo com Deus

lendo nas memórias o antigo Oficina
...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

o lugar da ausência

Às vezes a vontade de chorar é suprimida pelo sentir na sola dos pés a terra o tocar. O vento é vento sim, vem e passa; entretanto provoca. A sensação de ter os pensamentos voando para uma órbita desconhecida, enquanto as pétalas revelam seu sabor e os espinhos a sutileza de ferir para proteger. O choro rega as rugas rasgadas pelas frustrações e sorrisos de uma época que se renova a cada manhã, assim como as misericórdias. Adenina, Timina, Guamina Citosina, Gattaca e o DNA de um sonho, de uma possibilidade. A vida em um ciclo, o cílio que cai. (esse?)

O sol desponta pelas frestas das ideias que anseiam um campo de pouso. A face iluminada sorri, e o sorriso impulsiona as palavras a terem mais valor, a mesma forma, um novo sentido. Um cenário diferente. Mesmo à lama, sob o forte sol e a torrencial chuva, a tranquilidade de continuar, apesar das regras do Brazil de Gilliam. Melodias dedilhadas movimentam a cabeça como o vento movimenta a flor nos jardins. O equilíbrio, o olhar.

A maciez da esperança, a perfeição de Deus que sobrepõe às interpretações e religiões criadas. Inquietas; alma não tem cor e buscam todas um salvador para serem naturais, há necessidade de fluir em seu propósito.
O lugar da ausência, a confluência dos sonhos. Os sabores saciam à língua de uma forma que as palavras não saciam ao coração. À mesa, um espaço para as ideias; ao travesseiro, ah... Neruda.

No porta-copo palavras manchadas tranquilizam o sorriso, relaxam o corpo. No porta-luvas mensagens de tempos melhores. Um jardim pelo qual caminhar. Sanidade é fuligem. Une e forme.

sopra-me você me sopra
estouro-me em pedaços tortos
escorro-me em palavras brandas
mancho os pensamentos de esperança
fustigo a possibilidade com imagem suja e desfocada ao espelho
dedilho canções ao vento
escorrego na ponta de seu nariz
ouço suo soo sou
há flores.
Passo

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

avesso


O avesso nu, sonho.

Polvilhado entre as pessoas, o olhar busca pouso. Diafragma aberto em uma noite fria; com as sombras de uma realidade que me convida. Os valores e a percepção intensificados na sombra. As ideias em movimento junto aos corpos suspensos. A respiração é um personagem. A flexibilidade de um posicionamento, as contradições de um sentimento. Árvores frondosas, tecido, sombra, a transformação. “Somos o que somos”. A névoa de Eco é recorrente. Ser feliz é algo criterioso e simples, fundamentado na liberdade. Galhos firmes movimentam-se sem romper, sem partir. Dançam.


Seres Avulsos. Mentes cacófonas enchem o hall de gás carbônico. Pura expiração. Sanidade, uma lista de filmes, açúcar e livros; o coquetel que embala o sentido.


As formas, a estante e seus livros. Páginas rasgadas. As formas; a intensidade da impossibilidade. Um ser absorto em meio as ânsias do cotidiano. O mar corporativo das ideias na tentativa de mudar o bolso (que tem o bolso? Sonhos ou moedas / Espinhos ou chaves / pétalas ou ponteiros).


O olhar do limite; as palavras do silêncio. O conhecimento dissipado que permeia.

Compartilhar e se cansar. Vício em observar o movimento harmônico, dessincronizado. Firme, ela fisga meu olhar e abala meus pensamentos. Enquanto desfila a fruta partida em meia lua. Rubra. No momento em que para em sua realidade. O olhar. Quem entenderia? Mergulharia?


A fascinação beira a insensatez. Vender horas é um remédio socioemocional. Mantém o social, distrai o emocional e produz algo bom. Interferência. Ponto de apoio. A mão às vértebras; a maneira como ignora e interage com o ambiente. Observação e utopia.


A ideia é uma erva daninha. Chega a ser cômico vê-la se espalhar. Ás vezes nos é trágico, mas da tragédia sai a maturidade que, aliada à ingenuidade, é necessária para desfrutar-se do gozo. Há conversas. Ah, braços estendidos pelo corpo, ameniza-se o frio. Tosse.


Deus é um artista

sábado, 11 de junho de 2011

ops

Enquanto a esperança de muitos está no jeans, nos números e nas tatuagens; hoje a esperança não recai sobre nós como o orvalho. Hoje é o anti-dia, o descanso do anti-herói. Macarronada diet à terceira margem do rio. Tão pequenos, brincamos de banco imobiliário de forma superlativa. Outrora, aguardamos o que nos é maior. Amor torna-se fuligem, cansaço uma simples lamúria do lombo arriado.

Tenho um olhar preso aos olhos. Trago terra debaixo das unhas. A sensação sublime de ser pelo chão tocado. A felicidade que não nasce em árvores transborda nas entranhas de um pensamento que nem ao menos é original. Graças a Deus. Não quero eternizar um bilhete. A eternidade se alcança de outra forma.

Caminhando no silêncio de uma galeria, percebo os quadros, as esculturas, as intervenções de alguém que não está lá. Hoje é o dia em que todos descobriram as palavras, está chovendo texto. Há espaço para toda gota d’água. Seca e enxurrada.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

doces e conceitos


Angustio-me com a beleza;
Fascino-me com a angústia.
Na leveza da palavra distancio-me da escrita.

Assim; entre o que é, era e há de ser
balbucio temperos ao vento
caminho na névoa;
amparado

;

Vanguarda. A via dolorosa dos que seguem no fluxo da vida por seguir. Ser rio, ser margem, à terceira. Espeta-lhe às costas. Moderno Tristan S. e suas linhas intermináveis. Lágrimas e sorrisos fazem das rugas riachos, córregos, rios, cachoeiras. Ela estava com os pés nus sobre uma areia banhada pelo sol, em um horizonte desenhado pelas águas no mar e no céu. Nuvens. Traços de esperança. Vento aos cabelos. Parada em seu movimento. Raptada por um olhar; ah e a natureza do rapto. O vasto mundo, sua complexidade e simplicidade em um dorso nu.

Folga nos trâmites comunicacionais. Processos saindo do casulo. Transformação de conteúdo e aperfeiçoamento no uso das ferramentas para apresentar o mesmo, outra vez novidade.


Minha percepção dos mundos passa por uma alteração curiosa. Não consigo explicar. É individual, não cabe em palavras. Enxurrada de palavras diárias. O que comer? As interrogações e a caçada de exclamações, amparada pelo vício por reticências, movimenta o mundo das ideias. O amor está no movimento, em sua forma plena: inconceituável. Não se esquadrinha.

Os clichês são muitas vezes profecias ao vento. Somos todos iguais. A vaidade é palpável, até mesmo quando a espiritualizam. Frutificamos esperança.

Toca. Esconde-se e manifeste o que comove. Move. A insensatez não é um freio, mas o empurrão. Palavras em vão. Entra. Encoste, respire. Sinta

Filmes, livros e cafés.. e não mudo. Tramas
Mergulho; Ainda há fôlego.

Lá no fundo ressoa Tangerine, I gonna leave you...

Tempos Doces e Conceitos

estrada e convite. Vem?


quinta-feira, 5 de maio de 2011

dois pontos


Língua. Seus sabores.

Ela pensou com a névoa de Eco

Seus olhos deslocaram-se no horizonte

Espontâneo momento sem fala

Sua boca entreaberta

Após a contemplação, a insegurança

Quis encontrar o andar sete e meio

Mas não havia My Blueberry Nights e não se ouvia Try a Little tenderness, com Otis

Meus pés dedilharam as poças deixadas à rua

Não estava mais à chuva para cantar


Tudo que enxergamos esconde alguma coisa, nós sempre desejamos ver algo que está escondido por aquilo que enxergamos.” René Magritte (1898 – 1967),


Ah, comunicar. Irremediável, o furo expande. A nova testemunha ocular se desloca pelas redes eletrônicas chamadas sociais. O relacionamento de antes, que envolvia a presença física agora se baseia na transformação de códigos binários, e às vezes nem isso. O apagão energético é o apocalipse contemporâneo. É preciso energia para consumir e para produzir. O desenvolvimento de energias limpas está atrelado à sustentabilidade das relações sociais mediadas por chips. Os veículos de comunicação renovam-se. The new Newsmaker alastra-se, é Le fils de l'homme (O filho do homem), de René Magritte em 64. Confiabilidade consolidou-se como o fiel da balança comunicacional, embora muitas vezes seja soterrada pelo volume de citações e repetições. Os olhos como peneiras ininterruptas nos faz saborear boas produções. Mas nos instiga o que está por trás daquilo que vemos. A construção dos discursos força os produtores a experimentar a linguagem e suas potencialidades para conduzir e induzir sentidos. As formas sobrepoem-se exigindo um mergulho cada vez mais fundo. De onde virá mais fôlego? Alguns dizem da necessidade, outros se rendem e apelam para Deus e há os que fazem girar as engrenagens que movimentam uma fragmentada linha reta em poema. Takai Insensatez. Compreender que a mão que segura a pena (a caneta, a tecla, a tela) detém o controle de uma escolha. Todavia, a mente que pulsa sentimentos em palavras reconhece que o poder não se detém.


uma volta

ler a Bíblia

ver filmes

músicas

comida

na parede, à mesa

livros

volta?

ida

.,


eu passocomunicacao.blogspot.com


terça-feira, 26 de abril de 2011

à mesa?




Meu pêssego. Meu plágio.

Olhar para frente. Receber golpes do alto.
Chuva. Caramujo flor às Canelas. Cascas soltas. Cheiro.
Pó sobre o doce arroz; atroz lembrança. Gelada

Nome reluz. Mensagem que invade
Face que me brilha
Deus me fala por um menino
Socorre-me do soturno pensamento
raspas de limão

fisga-me com a fascinação dos tempos
caminho por vielas entre becos naturais, trilhas urbanas
flores na salada
textura e ternura

maracujá na carne
uvas esmagadas no copo
o corpo meio amargo ao chocolate

passocomunicacao.blogspot.com

...

.,

abraça rosas entrefolhas, filhos da pauta descansando em jardins, entre a vista; a possibilidade; um lugar na plateia, o palco do anonimato. Não mais o mesmo crime e o mesmo castigo. Pétalas em Fiódor. Cabeça entre rosas.

Mentolados, bitolados, rodando atrás de um rabo que imaginam ter. Percepção. Humanos resignados a símbolos e práticas, ideologias e formatações que engessam a naturalidade de ser. Original? A sustentabilidade mais do que uma postura ética; um índice de mercado, está na bolsa. No Mister Downtown, but mister Down Jones. Cada vez mais um vocabulário cansativo exala a incoerência nos discursos e práticas. A defesa de umbigos e respectivas sujidades. A Responsabilidade Social evoca ações efetivas de transformação e não línguas cheias de confetes. As relações humanas e o processo de telefone sem fio exigem mais do que a simples "punhetação" dos fatos, emoções, bolsos e desejos. A comunicação como vara de hazel, uma ferramenta de libertação, convencimento, abate. A vida espiritual não deve ser tratada como garrafas na prateleira do finado Antero da seis. Jekyll andando pelos produtores de textos. Organização de cortiça. Há quem construa uma colcha de mentiras querendo se cobrir de verdade. Aah exceções...

mais um cílio que cai...

.,

Flores como borboletas. Transformam-se, formam-se, expiram-se. A intensidade de Rocha. É novo. Cinema? É velho. Arquitetura, engenharia e decoração da palavra. Espaços e fluxos. Flores no jardim e rosas na vida. Intensidade.

... revivendo filmes...

às vezes por aqui passocomunicacao.blogspot.com
vou ali lembrar City Lights e Kid, filmagem e refilmagens de Ocean's ...
Pingar trilhas sonoras aos ouvidos, cuspir palavras para cima e ver o que cai
Pam Grier is Jackie Brown
Wolf no rio e o olhar de um jovem Benjamin Button
Esperança vicia.
...


sexta-feira, 18 de março de 2011

entre.


Entre os homens, lealdade é uma moeda de troca; simpatia é o forro da mesa onde esperanças são estraçalhadas. O mercado de trabalho é voraz. Desassossego. As mentiras despencam silenciosamente, apenas com um suave assovio. O impacto assola a alma, entretanto, mantém esteticamente sadias as relações humanas. That’s life Blue Eyes; again. O Ego rege os homens com o chicote da competição, as esporas da vaidade, o chapéu do sucesso (levado pelo vento forte).

Entremeio a variedade de discursos, interpretações de ideias e relatos de acontecimentos, sempre existem aqueles que fazem jus à finalidade de sua produção. Encontrá-los é um desafio cada vez maior. Relatos. O umbigo fala. Todos. Corrompemos o bom silêncio. Tornamos ébrias as palavras. O clichê é verdadeiro. Os questionamentos movimentam a sociedade, aperfeiçoa. Questionar é inquietar-se, manter acesa a chama. Qual o combustível? Há fogo em sarça que não se consome. Eterno.

Entre tremores, temores e reflexões. Rosas e algodão. A espinha dorsal entremeia algo. Ser tocado pela leveza dos significados, significantes e coisas. Independente das pessoas e das lagartas. Embora muitas vezes a razão seja um pingente utilizado ao pescoço e visualizado por nós pelo espelho, hoje um salto de roupa na piscina é o suspiro da sanidade. “A Roseira já deu rosa”.

Deus é bom.
Jo 3: 16 e17


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sexta-feira, 4 de março de 2011

Filhos da pauta




Ambiente de esperança. De calor e intenso frio, onde as utópicas miragens fritam os corações. Lugar de disciplina, lugar de passagem. Um deserto com janelas para o jardim. Flores. No nascimento. Flores. Na mudança. Flores. Na esperança. Flores. Na morte. Flores são pétalas e espinhos.


Passageiro e eterno se divergem, alternam-se em re-significação. A linguagem prende, expande; é uma bússola cega guiada pelo ego. A comunicação e sua quitanda no comércio das ilusões. Controle e consumo. Poder. Reverberar para confundir e estabelecer novos valores, verdades. Sonhos e necessidade.


O desafio falido de comunicar e sobrepor um argumento. A ânsia natimorta de humanamente eternizar uma mensagem. “O meio é a mensagem”. “O diabo é o sol no coração dos homens. Somos hipócritas e intolerantes, salvos pela inocência que nos resta”. Transformação de dados. Discursos como dardos lançados sem alvo.


Não há papel suficiente. Há papéis por demasia e uma ilusão de insuficiência. Há o estouro no consumo. Arruaça informacional segue o limiar das detentoras de influência. Ideias frívolas por um egoísmo besta. As palavras caem pelo canto da boca como farelo. Conteúdo. Confusões. Informações. Conexões. Distrações. A terceira margem do rio. O sol no coração dos homens by SOD. Tentar e tentativas. Tentações. A crise de identidade no turbilhão da comunicação desnorteia o indivíduo em meio a um campo magnetizado pela linguagem e seu uso. A linguagem não como forma de orientação e integração, mas de controle. Significação.

Euforia. Espetáculo. Pingam folhas e bits. Mais do que as mãos suportam e os olhos conseguem acompanhar. É consequência natural de um crescimento. É trágico, óbvio, entretanto não tão necessário. La belle Verte.


Cabelos brancos já disseram que todo lado tem seu lado. Sorrisos do ópio a reluzir ideias. Presos em nossa ideia de liberdade. O idolatrado Bacon grita da geladeira que Saber é poder. Saber é estar preso. O poder de estar angustiado. Ruínas da humanidade.


Somos o canal que transforma a mensagem. O nome científico deste canal é Telephonos wireless sem fios. O que entra pelos ouvidos, é captado pelos olhos ou sentido pelos outros sentidos é diferente da interpretação criada no cérebro. É diferente da mensagem criada a partir da interpretação. A mensagem que sai pelos lábios, ou que de outra forma o corpo emite, é ainda mais diferente. A indústria cultural e seu frasco de dipirona e cafeína. A dependência a coisas erradas. A mensagem de Cristo é acorrentada por nós sob argumentos e discursos ruidosos, no melhor estilo do Telephonos wireless sem fios. O problema, ou solução, é quando esse canal se desgasta, apresenta defeito. Cabeça de papelão.


Óculo negro espreita os segundos. Ósculo pífio com o profano banhado pela vergonha. O fúnebre ciclo da carne podre. Destituir-se, livrar-se do arcaico, retirar o pó da soberba, alcançar a redenção, jorrar arrependimento e reproduzir vida. Óculo espreita a luz enquanto mais uma vez na cruz se limpa no sangue. O diferente nos cativa, o perigo nos atrai, mas a proteção vem daquele no qual se excede e transcende a sabedoria humana, pois Ele é o ser onde toda a sabedoria e amor são em plenitude. Somos migalhas. Olheiras se transformam em item de currículo. Vaga.

passocomunicacao.blogspot.com
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

~a



e o trecho de um livro que faltará na estante intrometeu-se na tarde. Artaud estava longe, havia rastros de um empoeirado Basquiat.

"São outros olhos nas paredes a nos encarar. Não há estátuas nas praças, nem suspiros nos coretos, mas tenho de acreditar que todas as coisas ficarão bem. Este é o amargo remédio que tenho de tomar. Uma porta em que se bate e nunca se abre. Parede viva. Palavras desperdiçadas em papel. Consumo desnecessário de ideias. Limites da percepção como cercas de arame farpado. Fustigado Brilho nos olhos se esvai na brisa. Enquanto espera, caminha. As pedras da memória são paradoxais. Rempli de soi meme. Um texto que não existe mais. Para leitores que precisam de outras palavras. Escrevo para mim, na esperança que Deus leia. Às vezes imaginando os efeitos em um possível leitor".

Escrúpulos: Frutos podres ao chão de uma árvore de raízes expostas; ressequidas. Esquecidas. São as tribos. As tripas de nosso egoísmo emanam a canção do controle, das decisões; e a consequência desce como chuva. "Preciso receber esperança na veia. Preciso fechar os olhos e ainda sonhar".

Ansiedade impõe pensamentos que empurram decisões que fundamentam-se em argumentos que refletem um ego. Eco. Olhar para frente. Andar com a cabeça erguida percebendo o chão que pisa e o caminho que percorre. A terra das pirâmides e sua libertação. Lembrar revolução dos bichos é um alerta. Afora a possível síndrome do Egito, 46 horas na Tailândia não revelam as linhas de Neruda. Próximos à segunda potência mundial na economia, Ekkachai e Laksana Tiranarat ganharam um anel de diamante. Suprema felicidade? Suor e ideias. As 46 horas revelaram uma persistência que supera até alemães. Amor e paixão não se encontram no desgaste dessa maratona onde They shoot horses, don’t they? Busca-se uma chave. Precisa-se da chave para abrir a porta. Mas, mesmo sem alcançar, almeja-se a chave errada.

A paz dos homens é semelhante ao pombo. Voa livre, ilustra calendários, transmite doenças, faz sujeira, é um problema ambiental em áreas urbanas, danifica as coisas com suas fezes. Cai ao chão a pedradas; a chumbinho. Voa a sonhos. Cai em desejos. Enquanto decompõe-se, tem os olhos invadidos por formigas. Quais as nomenclaturas dentro, através e antes dos discursos?

A quantidade e os formatos das informações assolam-nos. Pautas em varal; e não é cordel. Textos como ondas. A mensagem morre na praia. Renova-se em nova onda. Seus efeitos permanecem. O emissor passa, o receptor muda, a mensagem é vapor. Vapores matam, outros limpam os poros, perfumam, rejuvenescem a beira da morte. Domínio próprio é fruto do espírito. Controle a ansiedade.


Diversidade. Integração. Pétalas e algodão. Fé. Jardim. A verdadeira paz transcende o entendimento. Não é por nós estabelecida, mas a nós concedida.

~a

sinal gráfico de nasalação somado à egípcia águia. Visão, determinação, sabedoria. Com um Peirce no cérebro e um Saussure no prato. Seguir conforme Deus quer, para onde Deus quer.


Dica de palestra: Everything is Spiritual, by Rob Bell

foto: eu não matei o pombo

feche os olhos. Filmes

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

abraça


foto; Felix Lima - SP

ouça:



São muitas as palavras. Faltam-nos leitores. Estão escassas as mentes disponíveis ao raciocínio mais intenso. Elas estão sobrecarregadas. O fôlego para mergulhos profundos está comprometido. O corpo aguenta, mas há cansaço. Desde as madornas até a enxurrada de gás carbônico, o corpo se debate em realidade. Ritmo. Não somos heróis, mas somos faíscas da esperança em reluz algo maior, algo perfeito. Entretanto, nos deliciamos com a leveza de viver, nos lambuzamos com o ópio do presente, com o conto do futuro, a lábil língua incendeia o passado. Tratamos o que é passageiro como eterno e o que é eterno como fábula, pílula de ânimo. Incomoda-nos algo que esteja além de nosso poder de raciocínio. Erguemos argumentos para tapar nossa ineficiência em realizar, entender, comunicar, amar, acreditar. Entretanto, quanto mais alto, mais alto há para se estar. Possuímos brilho e capacidade de transformação. Humanos. Citações e paráfrases. Cada um que rumine pra si. Mas o alimento tem de entrar. Jardim. Páginas policiais, suor, sangue, promessas, luzes e sons, calor, chuva, sensações emoções, sentidos, inocência, crueldade, sobrevivência, poda, rega, fertilização, necessidade e sonho; crianças. Salvação.

Com tanta interpretação e percepção sobre os fatos. Nos distanciamos muitas vezes da premissa de comunicar o fato contaminando-o o mínimo possível. Ao falar, reescrevemos a Bíblia (nos afastando da mensagem simples e pura), estabelecemos nova constituição (permitindo cada vez mais atrocidades e irresponsabilidades), e fazemos do telefone sem fio nosso manual de disseminação e reformulação de conceitos [enfatizamos mas não inventamos (?) ]. Os clichês despencam do cordel, seja nas empresas, nas famílias ou em redes sociais. A culpa é da comunicação. A culpa é do oxigênio. O problema está no que precede e no que sucede a mensagem. That’s life, como diria Blue Eyes.

Certa razão na loucura. Sanidade é para os loucos. Num terreno baldio, em banheiros químicos, dentro de vagões de um trem que já parte, nossas ideias estouram à lucidez. Falar. Conhecer. Manifestar. Saber. Propósito. Redenção. Salvação.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol”. Eclesiastes 1:9

Se todas as possibilidades na ordem e relação das forças já não estivessem esgotadas, não teria passado ainda nenhuma infinidade. Justamente porque isto tem de ser, não há mais nenhuma possibilidade nova e é necessário que tudo já tenha estado aí, inúmeras vezes. (Friedrich Wilhelm Nietzsche).

De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem”. Ec 12:13