sábado, 19 de fevereiro de 2011

~a



e o trecho de um livro que faltará na estante intrometeu-se na tarde. Artaud estava longe, havia rastros de um empoeirado Basquiat.

"São outros olhos nas paredes a nos encarar. Não há estátuas nas praças, nem suspiros nos coretos, mas tenho de acreditar que todas as coisas ficarão bem. Este é o amargo remédio que tenho de tomar. Uma porta em que se bate e nunca se abre. Parede viva. Palavras desperdiçadas em papel. Consumo desnecessário de ideias. Limites da percepção como cercas de arame farpado. Fustigado Brilho nos olhos se esvai na brisa. Enquanto espera, caminha. As pedras da memória são paradoxais. Rempli de soi meme. Um texto que não existe mais. Para leitores que precisam de outras palavras. Escrevo para mim, na esperança que Deus leia. Às vezes imaginando os efeitos em um possível leitor".

Escrúpulos: Frutos podres ao chão de uma árvore de raízes expostas; ressequidas. Esquecidas. São as tribos. As tripas de nosso egoísmo emanam a canção do controle, das decisões; e a consequência desce como chuva. "Preciso receber esperança na veia. Preciso fechar os olhos e ainda sonhar".

Ansiedade impõe pensamentos que empurram decisões que fundamentam-se em argumentos que refletem um ego. Eco. Olhar para frente. Andar com a cabeça erguida percebendo o chão que pisa e o caminho que percorre. A terra das pirâmides e sua libertação. Lembrar revolução dos bichos é um alerta. Afora a possível síndrome do Egito, 46 horas na Tailândia não revelam as linhas de Neruda. Próximos à segunda potência mundial na economia, Ekkachai e Laksana Tiranarat ganharam um anel de diamante. Suprema felicidade? Suor e ideias. As 46 horas revelaram uma persistência que supera até alemães. Amor e paixão não se encontram no desgaste dessa maratona onde They shoot horses, don’t they? Busca-se uma chave. Precisa-se da chave para abrir a porta. Mas, mesmo sem alcançar, almeja-se a chave errada.

A paz dos homens é semelhante ao pombo. Voa livre, ilustra calendários, transmite doenças, faz sujeira, é um problema ambiental em áreas urbanas, danifica as coisas com suas fezes. Cai ao chão a pedradas; a chumbinho. Voa a sonhos. Cai em desejos. Enquanto decompõe-se, tem os olhos invadidos por formigas. Quais as nomenclaturas dentro, através e antes dos discursos?

A quantidade e os formatos das informações assolam-nos. Pautas em varal; e não é cordel. Textos como ondas. A mensagem morre na praia. Renova-se em nova onda. Seus efeitos permanecem. O emissor passa, o receptor muda, a mensagem é vapor. Vapores matam, outros limpam os poros, perfumam, rejuvenescem a beira da morte. Domínio próprio é fruto do espírito. Controle a ansiedade.


Diversidade. Integração. Pétalas e algodão. Fé. Jardim. A verdadeira paz transcende o entendimento. Não é por nós estabelecida, mas a nós concedida.

~a

sinal gráfico de nasalação somado à egípcia águia. Visão, determinação, sabedoria. Com um Peirce no cérebro e um Saussure no prato. Seguir conforme Deus quer, para onde Deus quer.


Dica de palestra: Everything is Spiritual, by Rob Bell

foto: eu não matei o pombo

feche os olhos. Filmes

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

abraça


foto; Felix Lima - SP

ouça:



São muitas as palavras. Faltam-nos leitores. Estão escassas as mentes disponíveis ao raciocínio mais intenso. Elas estão sobrecarregadas. O fôlego para mergulhos profundos está comprometido. O corpo aguenta, mas há cansaço. Desde as madornas até a enxurrada de gás carbônico, o corpo se debate em realidade. Ritmo. Não somos heróis, mas somos faíscas da esperança em reluz algo maior, algo perfeito. Entretanto, nos deliciamos com a leveza de viver, nos lambuzamos com o ópio do presente, com o conto do futuro, a lábil língua incendeia o passado. Tratamos o que é passageiro como eterno e o que é eterno como fábula, pílula de ânimo. Incomoda-nos algo que esteja além de nosso poder de raciocínio. Erguemos argumentos para tapar nossa ineficiência em realizar, entender, comunicar, amar, acreditar. Entretanto, quanto mais alto, mais alto há para se estar. Possuímos brilho e capacidade de transformação. Humanos. Citações e paráfrases. Cada um que rumine pra si. Mas o alimento tem de entrar. Jardim. Páginas policiais, suor, sangue, promessas, luzes e sons, calor, chuva, sensações emoções, sentidos, inocência, crueldade, sobrevivência, poda, rega, fertilização, necessidade e sonho; crianças. Salvação.

Com tanta interpretação e percepção sobre os fatos. Nos distanciamos muitas vezes da premissa de comunicar o fato contaminando-o o mínimo possível. Ao falar, reescrevemos a Bíblia (nos afastando da mensagem simples e pura), estabelecemos nova constituição (permitindo cada vez mais atrocidades e irresponsabilidades), e fazemos do telefone sem fio nosso manual de disseminação e reformulação de conceitos [enfatizamos mas não inventamos (?) ]. Os clichês despencam do cordel, seja nas empresas, nas famílias ou em redes sociais. A culpa é da comunicação. A culpa é do oxigênio. O problema está no que precede e no que sucede a mensagem. That’s life, como diria Blue Eyes.

Certa razão na loucura. Sanidade é para os loucos. Num terreno baldio, em banheiros químicos, dentro de vagões de um trem que já parte, nossas ideias estouram à lucidez. Falar. Conhecer. Manifestar. Saber. Propósito. Redenção. Salvação.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol”. Eclesiastes 1:9

Se todas as possibilidades na ordem e relação das forças já não estivessem esgotadas, não teria passado ainda nenhuma infinidade. Justamente porque isto tem de ser, não há mais nenhuma possibilidade nova e é necessário que tudo já tenha estado aí, inúmeras vezes. (Friedrich Wilhelm Nietzsche).

De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem”. Ec 12:13


sábado, 5 de fevereiro de 2011

rosas


Um móvel. Uma parede. Fotos. Tempos.


Tudo aponta para a perfeição de Deus. Seja a fragmentada linha reta de Pessoa. Seja o distúrbio, sob sol a pino, do jovem Wilhelm. Importa que, seja onde for, em templos ou praças; em quartos, lençóis suados ou piso ensanguentado, Uno senhor, Uno intelecto, Uno propósito, manifestação trina. Além do cérebro e suas virtudes. Creia.

Rosa Vermelha escura, rosa vermelha matizada, rosa chá, rosa honora (venha conhecê-las). Aceite o desafio da perseverança. Diversidade. O tamanho do sonho. Na prateleira de uma padaria ou em lençóis de uma queen. Npk 10 10 10. Sol, terra, água e espectador. Jardim 2.0 - interatividade. Espinhos no café. Há fé. Temer o que se deve e nada além disso. A esperança, a poda. Ir além da capa. Com o fôlego certo, ir além das palavras. Não se convencer pelas palavras de sabedoria ou pelo exacerbado ventriloguismo, ou pelas ervas daninhas no enganoso coração. A intensidade e verdade estão na especificidade de se manifestar a cada um de modo inconfundível, especial, íntimo, único. Soberano. O mesmo. Sempre.

Leve-me até a porta esta noite. A porta que vai para 40, a porta que vai a 215, à porta que cabe-nos o futuro. Permita-me.

Um móvel. Uma parede. Fotos. Enrugada pele. Uma vida.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

entrefolhas


foto: Asian_autumn_Stock-xchng

Um terremoto de 4,8 graus na escala Richter atingiu nesta terça-feira (1º/2) a província de Yunnan. China impulsiona produção de energia eólica mundial. China um dos maiores consumidores de mercados industriais e um dos maiores exportadores de produtos manufaturados. Esqueça o pastel e os tecidos, eles vão desde as minas até a alta tecnologia sobre sua mesa, dentro do seu bolso. Grande poluidor, assume compromisso em reduzir emissões. Paradoxo do mercado mundial, o país da grande muralha dá fôlego ao setor de celulose, mas exporta papel de maneira anti-competitiva no mercado mundial. As principais exportações do Brasil à China são commodities - minério de ferro, soja e petróleo bruto. No total, as matérias-primas formam 84% das exportações do Brasil em 2010, ante 79% no ano anterior. O Brasil importa de lá vários produtos manufaturados de alto padrão: os três principais foram televisões, telas LCD e telefones. Brasil se mobiliza, há barulho em Brasília, para alcançar entendimentos comerciais. Custo mundial de alimentos cresce. Crise econômica europeia mantém o estado de alerta no mundo financeiro. Qual será o paradeiro de Portugal, do Euro? Ventos de 300 km na Austrália, nevasca nos EUA, Brasil escorre em chuvas, lixo, irresponsabilidade e sol escaldante. A situação preocupa aqui, ali e em todos os lugares: no Egito (além das agressões a populares, entrevistas proibidas, repórteres e fotógrafos agredidos; conflito pode gerar impactos indesejáveis no mercado petrolífero), no Iêmen e no hímen rompido da moralidade humana. Os noticiários se renovam do mesmo. Every soul need a savior.



Ó minha casa, minha vida? Cama quente. Telhado sem fresta. Geladeira cheia. Armários sem baratas. Hospital vazio. Quem vai querer?


entrefolhas surge um novo olhar.

O que reflete? O que refrata?

domingo, 30 de janeiro de 2011

prenúncio



Prenúncio do nada algo é. Soberbo em sua profundidade o pé chantageia o corpo. A cabeça o mete na lama. Unidos, os pés se lançam, imundos sobre a brasa. Purificação. A cabeça perde a ilusão de controle. Diálogo. Liberdade. A língua se dobra, o corpo se rende. Tralhas e trilhas pelo chão reverberam o sentimento que outrora parecia natimorto.


O ímpeto. Ante a textura de um sentimento. Esperança. A sintonia, mesmo distante. Sonhos? Ainda que imperceptível. Sintomas. Os planos, projeções, degustação. Compreensão. Frustração e tantos ão, ao... Tempo. Prenúncio. Aqui.

Os telejornais continuam a embrulhar peixes, molhados. As assessorias disparam pela janela a embalagem de um produto que nem mesmo ainda conseguiu-se produzir. E o público se delicia de fastfood e ilusões. Cada um com o tamanho que lhe fere o cancanhar. Circuito fechado.


A suave brisa envolve o corpo. O espirro. Reação natural. O gozo. A lua fisga os olhos em mais um espetáculo no céu. Uma lástima anuncia tremores na terra enganosa, a qual apenas Deus conhece. Comer e suar, é só começar. O asfalto. O circuito fechado. A ladeira. O cotidiano. Assistindo enquanto a corda estica. Pirilampo à cabeceira, intermitente lembrança. Rosas regadas a lágrimas. Adubadas em esperança. Florescem sob o sol forte. Memórias intermitentes brilham na noite. Reflexão de sonhos, refração da realidade. Unhas escondem o sangue e a terra. Os olhos, em silêncio, escondem palavras. Comunicam. Soterram.


As trêmulas mãos decidem entrar na briga. Com as aliadas unhas arranham o corpo, retiram cascas. Agarram o pescoço, quase arrancam a jugular. As ideias salivam ao canto da boca. A perseverança mereja aos olhos. O cérebro desliga as comunicações. A luz retorna. O humano é artifício, a loucura plena sanidade. Salvação.


onde vamos hoje.

Caça

palavras

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

da pé?



Cortou o dedo no extrator de grampos. Tentava ajeitar a lente de contato. Cego. Sua herança, um deslocado. Pé de abacate. Ele nem come. Vitamina. Da dor de seu corte não conseguia mais produzir. Resgatar o passado ou partir o futuro? Parir. O passado é o presente e o futuro uma possibilidade. Pessoas vivem da possibilidade. O produto antes de sair da embalagem. Mais cor, cheiro e expectativa de sabor. Data de validade.


ok. Esperava mais dos Espiões. A misteriosa chama ainda jaz à cabeceira. Um novo bonassi entrou na geladeira. Novamente a cova e seus leões. Cansado: o melhor estágio para se estar entre os homens. Ciclos reiniciam. Na verdade, estão completos. Algo desponta. Algo dobra, sobra e se mantém; deslocado. Intocado.


Único não quer dizer sozinho. Especial não siginifica ser melhor do que algo.

Complexo não é difícil. Fácil ainda pode ser intenso. Denso, tenso. Tenro.

Try a litle tenderness, love me tender and Sway







decifra-me e te pago o plágio à luz de velas.


Cheiro de álcool na ferida. É o ardor de um novo dia.


“Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna” Judas 1: 21


estou aqui

.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

vista




As quinas do cotidiano são interessantes pontos de observação. Oportunidades.


Cabelos, pele, lábios, gesto involuntário com a boca. Os olhos. Ela.


Ele chorou. A lágrima suicida despencou como uma pétala. Linda. Ele provou seu sabor. Apanhou uma formiga que passava no momento e a mergulhou na gota. Queria que ela sentisse.


Perseguido. “Minha percepção está corrompida. A boca. O sorriso me espreita até nos confins. O queixo. Devo odiar, mas sem degenerar-me. Mas o ódio em nós é câncer”.


Cativo. "Onde vou também vai minha mente. Construo palavras que agradam a muitos, mas quando sou eu a maioria não entende". Fazemos alianças para quebrá-las. De um modo ou de outro.


Ele é impelido a deixar de acreditar em algo que lhe é como objetivo humano de vida. Ela está cada hora num corpo. Agora chora. Partida. Rompimento ou espera? Sorri monalisa ao ser observada. Vai embora como todas as outras. Voltam as lágrimas e surge com a resposta novas perguntas. Era espera. Pra quê, por quem?


Travesseiro engano. Feito de sonhos. O suor das horas, o atrito da borracha com o concreto; declaração. Torre de Marfim, olhos de ressaca, luz do sol reflete à íris.


Tudo à vista. Olhos. Bolsos. Costumeiras decisões. Ele sobrevoa calmamente as interpretações.


néctar

Comunicação - Responsabilidade Social


imagem: net

Papel da Comunicação nos Programas de Responsabilidade Social


Cenário:


Diante do crescente processo de urbanização, com a estimativa de que até 2050, a população mundial atingirá 9 bilhões de pessoas, das quais 2/3 estarão em aglomerados urbanos, e do aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE); torna-se fundamental efetivar práticas que garantam a sustentabilidade aos processos industriais, bem como as ações de Responsabilidade Social.


Dentre as principais demandas por projetos sociais no país estão:

Educação – mais fácil de investir. Entretanto, retorno de longo prazo.

Saneamento – mais burocrático e mais necessário

Habitação – mais recorrente


Desenvolvimento Sustentável, Qualidade de Vida e Responsabilidade Social são muito mais do que produtos de discursos corporativos para a manutenção da imagem das empresas. Trata-se de valores necessários para a verdadeira evolução humana.


Comunicação com foco na transformação


As empresas precisam trabalhar com a produção de consciência crítica internamente e externamente. A Responsabilidade Social precisa ser um valor interiorizado, uma convicção que gere como frutos as ações que beneficiam as comunidades.


As políticas de posicionamento, doação e patrocínio devem estar alinhadas às diretrizes e cultura da empresa (marca). Os projetos devem priorizar mais o benefício social (efetivos) e menos a propaganda da marca. A valorização da imagem da Empresa é consequência natural de práticas consolidadas.


Recordando a Teoria Funcionalista da Comunicação, onde as causas e os efeitos são considerados pano de fundo das discussões, refletindo a respeito da função; entende-se que a comunicação pode ser compreendida como o sistema nervoso social, que com seu fluxo interfere na causa e efeito das relações humanas. Desse modo, a comunicação dos trabalhos sociais realizados pela empresa deve transcender a própria ação, pois precisa agregar valor.


As práticas de comunicação devem estabelecer um processo educacional participativo, integrado à diversidade cultural das comunidades, possibilitando melhoria da qualidade de vida e transformação da percepção dos moradores em relação à empresa.


A Comunicação Corporativa é responsável por promover a re-significação de determinados conceitos das comunidades em relação à Empresa. Para isso, o processo de comunicação deve ser primariamente objetivo, seja nas ações em imprensa, ou material institucional (Mídias Sociais, House Organ, site e folhetos). A efetividade da re-significação está em ser menos propagandístico e mais transformador; trabalhando os conceitos de desenvolvimento, responsabilidade e ações da iniciativa privada, bem como se posicionando sobre assuntos polêmicos e sobre o contexto regional.


A imprensa tem realizado coberturas superficiais e cansativas a respeito de temas como biodiversidade e responsabilidade social. As matérias que não são pura propaganda amparam-se em números institucionais ou disseminam estatísticas e posicionamentos xiitas. Para mudar este cenário, e promover análises mais profundas, as áreas de Comunicação Corporativa devem enriquecer os discursos com ações e resultados efetivos.


Além das ferramentas tradicionais de comunicação, é vital para a sustentabilidade do discurso empresarial a avaliação e criteriosa inserção nas novas mídias e redes sociais. A manutenção do relacionamento com os stakeholders precisa se modernizar e tornar-se cada vez mais transparente, adequando a linguagem e ferramenta utilizadas estrategicamente.


Cada empregado é um multiplicador da cultura organizacional. Portanto, é fundamental que seja alinhado o discurso do corpo gerencial da empresa em relação às praticas de Responsabilidade Social desenvolvidas pela organização e reforçadas com os demais empregados.


As bases do relacionamento da comunicação com todos os seus públicos devem ter foco em Educação, Credibilidade, Relevância e Significado.


Educação – promover re-significação de conceitos e valores. (Consciência Crítica, Saúde, Integridade moral, Conservação da natureza, Desenvolvimento sustentável, responsabilidade e ações da iniciativa privada)


Credibilidade – ser objetivo e verdadeiro ao informar. Deixar claro os objetivos da empresa. Menos propaganda, mais ação. Integridade e posicionamento a respeito de temas polêmicos referentes às demandas públicas e às atividades da Empresa e do setor. (violência, saneamento básico, educação, emprego e renda / aspectos e impactos socioambientais).


Relevância – Evidenciar a importância da integração entre o público e o privado para o bem comum. (O porta-voz e o responsável por Relações Institucionais devem ser éticos, transparentes e presentes. Nas ações possíveis, intensificar a presença dos gestores nas ações de responsabilidade social e envolver o público interno das empresas).


Significado – Potencializar métodos e capacidades em comunicar boas práticas. Refletir possibilidades de evoluir e efetivar a Responsabilidade Social como valor. O sucesso das organizações depende do relacionamento entre as necessidades próprias e as necessidades de seu público. (Identificar demandas regionais por informação e por ações socioambientais.


A elaboração do Plano de Comunicação deve fazer com que o estético (imagem) comprove o discurso e valores da Empresa de forma clara. Ele deve causar “encantamento” e “sedução” pela transparência do posicionamento da empresa.


Dentre os passos básicos para a construção de um Plano de Comunicação voltado para a responsabilidade social e sustentabilidade estão: entender a cultura da empresa, definir objetivos específicos da ação, criar objetivos para a comunicação, identificar barreiras e facilidades, conhecer público alvo, determinar mídia e recursos a serem utilizados, determinar mensagens e linguagem, implementar e monitorar o progresso das ações, buscar feedback, avaliar o processo e identificar melhorias.


...

domingo, 16 de janeiro de 2011

assessoria de imprensa


crédito imagem: manipimagens-1

assessoria de imprensa – A relevância crescente

Palavras soltas de 2008 - cuidado com a cabeça de papelão


É fundamental andar por trilhas. Os processos de comunicação não podem estar engessados em trilhos. A técnica deve permitir a flexibilidade no desempenho das atividades de Assessoria de Imprensa.


  • Entender a essência do relacionamento entre assessorado e imprensa

  • Compreender a força e o papel da empresa na sociedade (sistema nervoso social). Nos últimos anos, a confiabilidade da imprensa tem crescido e as empresas estão cada vez menos confiáveis perante o público.

  • Utilizar os resultados e o conhecimento técnico para construir argumentos

  • Para o trabalho de assessoria fluir é essencial: Argumento, relacionamento com a imprensa e o acesso às fontes.


O Assessor de Imprensa enfrenta constantes atualizações de sua atribuição em função do mercado midiático. Atualmente, ele muitas vezes faz o trabalho do repórter. Com isso, buca garantir mais apreço à informação da empresa. Mas muita vezes erra a mão em pesar em tons publicitários.


É fundamental ser claro, descritivo. Não podemos incorporar o discurso da empresa ao enviar informações para informar o público. A Agenda atual repousa sobre o meio ambiente. Toda empresa que envolve o meio ambiente em suas atividades deve redobrar a atenção sobre o assunto e como a imprensa tem conduzido o discurso.


O espaço em centimetragem só tem relevância se for acompanhado de uma análise qualitativa. A Análise Qualitativa de Clipping permite a percepção de como a empresa é representada pela imprensa. Para realmente conhecer como a empresa é percebida pela sociedade os meios indicados são:

Pesquisa de Imagem (Instituto de Pesquisa)

Análise de Imagem

Auditoria de Imprensa (Instituto de Pesquisa)


nota

  • Reforçar contato com o editor (não ficar nas mãos do repórter)

  • Documentar as solicitações, principalmente as de última hora. Sempre se posicionar. Transparência.

  • Atentar para as novas mídias. Não se apoiar nelas e nem as ignorar (blogs site, de relacionamento)

  • Após a intensificação do relacionamento com a imprensa internacional, podemos estudar o acompanhamento e as ações em mídias novas e alternativas. Estudos indicam que a quebra de reputação das empresas virá pela mídia eletrônica. Web 2.0, You Tube, Twitter, Blog especializados e Orkut.

  • Produzir paper de posicionamento sobre os principais assuntos procurados pela imprensa. Dessa forma teríamos um plano de contingência em caso do Diretor-presidente não dar entrevista.

  • Balizar a análise de Clipping e as atividades de assessoria de imprensa com a Missão, Política e negócio da empresa.

  • Diante de grandes temas e acontecimentos, implantar o Q&A (Questions and Answers) – principais perguntas e respostas em tópicos sobre o tema; Key messages – Síntese do assunto em poucas linhas; Warm up – preparação do assessorado antes da entrevista.

  • Elaborar um banco de imagens online (ftp) para imprensa utilizar (link nos releases)

  • Manter banco de imagens digitais (mini DV) para equipes de TV

  • Orçar e planejar uma Press trip os veículos


Criar o Manual de Assessoria de Imprensa que contemplaria:

  1. Relacionamento com a Imprensa

    1. Clipping e Análise de Clipping

    2. Análise de Mídia / Planejamento de Divulgação

    3. Entrevistas (Presenciais, telefone e coletivas)

  2. Gestão de Crise

    1. Procedimento de gestão de crise

    2. Cartilha para comitê e principais gestores / Principais contatos

    3. Relatório de Casos Polêmicos e Confidenciais

  3. Mensuração de resultados das atividades de Assessoria de Imprensa (inclusive em redes sociais)


Filmes para adquirir: O Jornal / A Rainha

Mais uma vez, cuidado com a cabeça de papelão


sábado, 1 de janeiro de 2011

Cílio que cai



Foto do post. CC Tempos Modernos (vale assistir novamente seus filmes)


Chocolate em constante promoção. Ópio emocional. Tratamento paliativo contra o vírus da degeneração emocional que tem causado separações, amarguras, vícios, traições, agressões e desequilíbrio.


Poesia havia se lastrado como uma ilógica esperança aos corações. Era preciso matar os poetas. No registro da existência, apenas um ressuscitou, alguns sumiram vivos, outros sucumbiram às pedras. Mas aqui lembro-me de uma vila esférica, em algum lugar quente, onde chovia morno e adocicado.


As poesias foram queimadas. Os livros tiveram suas páginas rasgadas, mas as capas mantidas à estante. Todo papel fabricado recebia um número de série; quem comprava registrava-o em seu nome. Pouquíssimos podiam ter acesso ao papel; menor quantidade ainda tinha direito a materiais para escrever.


Entretanto, poetas teimavam em pensar e sentir. O profano ato de escrever e bater marreta no concreto ainda persistia. Quando é que isso acaba? A solução foi matar os poetas. Ou qualquer um que não tivesse a cabeça de papelão. No início foi fácil. Foram realizados concursos de literatura. Após o período de inscrição, reunia-se os participantes num galpão, ás 12 horas, sob a telha de amianto e arrancava-se o cérebro de cada um, com ternura.


Depois dos concursos, foi feito um levantamento bibliográfico. Mais cérebros. Frequentadores de bibliotecas. Mais cérebros. Namorados e casados de pouco. Mais cérebros. Locatários de filmes de vanguarda ou clássicos. Mais cérebros. Jardineiros. Mais cérebros. E assim por diante. Corpos e corvos. Uma praia cheia de urubus. O sonhos ensacolados como carniça tremulam na maresia. A tempestade lava da frustração o cílio que cai à esperança.


Os corpos não eram um bom adubo, o odor da queima gerara impacto ambiental na cidade. Havia a possibilidade de inserir a carne na dieta, mas era carne contaminada com poesia. Construiu-se então um super forno que nunca se apagava. Apenas as rosas choravam faltavam-lhe os espinhos. Falta-nos a costela. Era preciso apagar também a memória.


Beiços, testa franzidas e lágrimas não tinham mais o efeito esperado. Uma questão delicada: o que fazer com as crianças? Cangaceiros foram contratados. Eles foram os responsáveis pela escolta até oompaland.


Com o tempo e a intensificação da vacina, as cores perderam sabor, as palavras destituídas das sensações, os olhos apenas registravam o que se mostrava. Os detalhes, as particularidades, apenas poeira no canto da casa.


A vacina alcançara custo elevado. As pessoas comiam cada vez mais chocolate, arranhavam paredes, molhavam travesseiros e entupiam as filas de vacinação em busca de cura. Foi então necessário esvaziar o mundo, mas sem fazer muita sujeira. O nível de consciência alcançara padrões satisfatórios. Muitos seguiam em silêncio para o forno. Uma cena de fotografia intensamente sublime.


Alguns rebeldes foram direcionados para o Hotel Rosebud, quarto 101. Foi adotado um novo vocabulário. Um novo dicionário. Liberdade.


Preso pelas minhas memórias, efetivo ações de memórias adquiridas e não pelo que sou. Ou sou o que adquiri?”


Algumas pessoas teimavam em buscar os poetas como colibris por flores. Era preciso destruir os jardins.


Com um pé de algodão se planta o mundo inteiro”. Cada flor 20 sementes. Magnólia. Chance. Perdão. Escolhas e frogs fallen the sky.


Muitas portas arranhadas, pétalas arrancadas. Para uns, a vida é muito curta, para outros muito longa. Tempo e percepção: dois espinhos de uma mesma flor. Nada comprava poesia. Um problema surgiu; as pessoas sonhavam. Uma determinação do governo proibiu as pessoas de dormirem. A secretaria de saúde declarara como prejudicial um período de tempo no qual os pensamentos não podiam ser controlados ou ao menos direcionados. Quem fosse encontrado dormindo era executado. A mulheres receberam tratamento diferencial. Quando encontradas dormindo, eram sedadas e carregadas nos braços até o forno.


Ousadamente, um dos carregadores surtara desviando-se da rota. Depositou a mulher entre folhas e a observou dormir tal como uma flor. Pela manhã, ele preparou o café da manhã, levou até ela e se despediu com um beijo no nariz daquela flor que dormia. Caminhou ele em direção ao forno. Ela acordou em meio a uma jardim com iogurte, cereal e uma flor. Naquele dia, aquele carregador não conseguiu se livrar. O forno estava apagado para ele. Não havia saída para ele. Ele era um pé de algodão agora infestado de lagartas.


Energéticos com café: bebida oficial do governo. Dormir era privilégio de poucos. Dormiam sedados, sob vigilância armada. Ao menor sinal de sonho a execução era aplicada.


Os poucos poetas sabiam que a salvação estava próxima; chegando. Então eles poetavam e eram mortos. Cérebros arrancados, jardins despedaçados, flores concretadas, corpos queimados.


...não tornará pelo caminho da porta por onde entrou, mas sairá pela que está em frente dele...”


Inscrições eram copiadas nos muros. Pela manhã, os escritores se entregavam. Nada criado era. As palavras usadas como engrenagens. A poesia tornara-se racional. Sem sentimento, sem metalinguagem, metáforas, paráfrases e tantos outros calçados e vestuários. Era preciso acabar com a razão.



O carregador rejeitado pelo forno tornou-se errante. Não compreendia o motivo de no dia de se banhar nas chamas o forno cessara. Coincidências não aconteciam; e nada foi comentado obre o dia de folga do forno. O carregador estava confuso, atordoado por suas memórias e condenado pelas expectativas. Seus pés não paravam. Sua língua queimava bosques antes; agora, nem o fel havia sabor. Em poesia, sem sonhos e sem razão. Mas o processo de acabar com a razão estava com problemas. Foi chamado de Paradoxo China. Algum solitário, cansado por dias a fio confinado em cafeína, ideias e armas, sugeriu que para acabar com a razão era preciso doses cavalares de sonhos e poesia. Ele foi executado da forma mais cruel encontrada. Seu cérebro foi arrancado.


Um decreto estabeleceu limite à criatividade. Uma lei determinou que todos que possuíssem algum tipo de emoção deveria se apresentar em frente ao forno, às 12 horas da última sexta-feira do mês. Alguns não viam razão para isso; entretanto, o movimento de bando para o abate parecia orquestrado. E o fogo ardeu, e a chaminé quase rompeu o céu. O mundo praticamente esvaziado, a contaminação em níveis mais moderados.


O Carregador não foi ao forno. Estava contaminado por demasia para compreender e decidir. Um floco branco num galho chamou-lhe a atenção. Era um pé de algodão. Ele o chamou de Paradoxo da Alvura. Lagartas e alimentavam de suas virtudes, mas não lhe tiravam a vida. A terra continuou girando, a luz desfez as trevas, todo os contaminados desapareceram. Todo os poetas. A elite social e o governo não entenderam. Não havia razão. Apatia controlada de Yusuke. Alguns pensaram que o grande poeta havia retornado. Estes, no dia seguinte estavam no forno. Com o tempo, o forno ficou sem alimento. Uma única e enorme fila foi formada com o mais distintos da sociedade; com todo os ainda vivos. A fila seguia para o forno. Era o ápice da pureza, evolução e descontaminação. O pé de algodão, cerca de 1,87m, balançou ao vento. O Poeta voltou. Surgiu como a luz. Parou a fila; estabeleceu a razão, as emoções, os sonhos e a poesia. O forno teve alimento por uma noite intensa; foi apagado pelo Poeta.


Ao pé do pé de algodão que balançava, balançava o pé o ex carregador, que agora carregava sorrisos e alvura.


As cores ganharam vida. Os jardins. As crianças. E a mulher do nariz beijado era como flor no jardim, agora com mudas.





segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

tempo



As coisas envelhecem. O tempo ainda é o mesmo. As ideias envelhecem, a carne se desgasta, as palavras re-arranjadas, repetidas. Flores aparecem, brilham e morrem. A água faz seu ciclo. Traços. Ritmos. Nos deslumbramos com o confete cotidiano. Condicionamos a fé ao nosso sistema de vida, existência e relevância. Desejos a serem realizados aqui. Errantes.


Erguemos bandeiras do desespero. Firmadas pelo suor dos hormônios que prendemos entre os dentes, entre os sonhos, entre as palavras. Entre. Nos permitimos ser ponteiros tontos de uma bússola desmagnetizada. Apontada para o ego. Quem vomita mais conhecimento? Posicionar as palavras como flores em um vaso: ornamentadas, para agradar, para seduzir. Cuidado com a finalidade; e com os espinhos.


Abelhas, pássaros e muita presunção. Lagartas e pulgões, além das mil interpretações da intelectual xepa que foi parida e cresceu. Modernos. Pós-modernos. Soberbos. Religiosos. Políticos. Humanos.


Exaustores de ideias e discursos esvaziados. Todos querem o protagonismo. Sempre. Primeiro passo para a libertação é reconhecer a atual posição, a natureza hipócrita das ações e preocupações. Deixe-as. Saia. Mesmo que não conheça o caminho para Shell Beach, saia da cidade. Sway. Cinema.Comida apimentada desce à garganta de forma agradável.

Andar na chuva com a cabeça erguida. Plantar, assistir e ser vida. Até que o abraço do tempo seja de plena liberdade. Fora daqui. Fora do Hilbert Hotel. Junto de IHWH


lar.



Rodapé

sempre tem mais

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

então é natal



Laranjas são jogadas sobre as cabeças. Não há criatividade. Limodas amargas na jarra. Não se controla os sonhos e suas realizações. Não possuímos nem mesmo nossas ilusões. Nos comunicamos para impor ideias, negociando argumentos, tapando os ouvidos do próximo com palavras infladas nas entranhas inflamadas.


Estruturamos discursos como culhões do comportamento moral. Acariciamos o espelho, nos distanciamos do que a imagem representa. Entorpecidos de vaidade, escondemos a hipocrisia num sorriso. E Deus nisso tudo? Nós o tratamos como figura de linguagem. Nos deliciamos em complicar tudo o que envolva Deus. Num suspiro nos justificamos, no suor construimos a sustentabilidade: placebo da pós-modernidade.


Consumir é se distrair enquanto somos consumidos pelos sistemas e relações que criamos. Cinema comida livros bebida. Diversão e paranoia. #paznorio: tem sempre um complexo do alemão perto, ou dentro de você.


Bíblia tem se tornado bijuteria. Sabedoria um mito. Conhecimento ações falidas num misterioso mercado.


A brisa de Caeiro, a leveza das coisas. Colibris secando, pousados, esperando.Tempo de poda. Uma nova muda.


Muda?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

prévia

Morrer é morrer. Tomar uma cruz é pesado. Não há mar de rosas sem uma praia de espinhos. Destituir-se dos anseios pessoais em prol da causa maior exige mais do que assumir novo discurso e práticas, mas envolve mudar a essência, valores, sonhos. Aceitar e, sem dúvidas perseverar, mesmo quando tem arrancadas as esperanças, os sonhos, e as expectativas humanamente estabelecidas.

Nem tudo é pranto. Desfrutar dos benefícios da labuta é justo. Faceta da vaidade. Salomão nos oferece um esclarecedor argumento que perdura e transcende. Leia o livro Eclesiastes mais próximo de você.

novidade

domingo, 5 de dezembro de 2010

náusea

engolir vômito é horrível.
Diante do prenúncio do mal estar, impotente em relação à efervescência que sobe e enche a mucosa, fechar a boca é arriscado. Explosão ou implosão? O gosto amargo tem modificado o tato e a visão. Um azedo difama o perfume do jardim. As vitrines estão sujas.

Para aceitar um Salvador, antes é preciso compreender a necessidade de salvação.

A salvação é para o momento porvir. Entretanto foi conquistada na cruz e oferecida de graça a todos. Alcança-se agora.

Aqui neste mundo, o que se planta se colhe. E em qualquer lugar, toda escolha tem consequência.


terça-feira, 30 de novembro de 2010

ais

Hoje voce terá mais.

Do que deseja e precisa. Terá mais cores, cheiros e sabores. Terá alguns verbos, espalhados por versos em prosa. Texto. A musica ruim é como o gosto ruim de um remédio ou de um alimento que causa má digestão. Fica nos incomodando em repentinos arrotos.


Música. Quando boa nos embala, abraça, conduz. Assim como a brisa cose sensações, entremeia olhares. Semelhante a chuva e suas gotas que inundam poros e junto com a corisa traz certa alegria.


Filmes trilhas e livros.


Não se é feliz por meio dos poetas. Todos exalam tristezas. Exalam nossa essência caída. Impossível se firmar pelas estantes de auto-ajuda. São a gostosa coceira causada pela picada de um inseto. Tornam-se feridas.


Impossível entrar nos 35mm. Pílula de duas ou três horas. Ferramenta de terapia.


Nos distraimos enquanto promessas não se cumprem.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

odia



Não há mais respeito. O que havia era temor, entretanto ele diminuiu. O respeito sempre foi uma moeda de troca; e agora estamos falidos. A precipitação expôs as entranhas de Judas. A palavra dos homens, embora seja estopim de reações, não se sustenta na próxima frase. Precisa de repetição. Explicitada por Salomão, confirmada pelo desviado F Wilhelm N.


Os traços e cores ainda me encantam. Há arte nos jardins, secretos, espalhados pela mentalidade urbana e seu senso de organização. Pernóstico. Rosebud. Lágrima.


...A delicadeza de um instante o alimenta com a porção necessária para respirar. O dia estava pleno. Ele no meio, sentindo. Crendo.


...Sedutor é o sorriso do diabo. Enganoso. Demorei para compreender que era dele. Sempre debochando, espreitando as escolhas. Basta.


A verdadeira redenção. O único caminho, verdade e vida. Jesus.


...O entardecer enobrecera suas emoções. Seu raciocínio espiritual, sua espiritualidade racional.


Sua fora rega dentro. Evolui. Dá frutos.


Aproveite enquanto há tempo.


crédito imagem: Alan Sailer

sábado, 20 de novembro de 2010

balão



Lendo livros

vendo filmes

arrotando, abarrotando palavras.


O céu e as tantas gotas

os lábios nunca tocaram as pétalas

a língua cheia de palavras.

Gigantes sobre os ombros salivam (plagio).


doce e amargo, o sofrimento na medida certa é nutritivo. Entretanto não controlamos o dosador, embora tenhamos acesso a ele.


Sejamos objetivamente ao leite. O fato é:

Chocolate meio amargo.


Ainda e sempre.

Não uma marca, mas um modo de fazer.

O produto e não a embalagem.


Páginas de jornais.


Atropelado, o processo de comunicação se expande, entranha pelas frestas, atinge, forma e mata públicos.


Como Deus se comunica com você?


Inigualável tempo. Incomparável oportunidade. Ouvir.


Ouça

fale

leia.

Crédito da imagem: Alan Sailer


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

vai idade



Eclesiastes. Mesmo já tendo lido, ao ler novamente, tenho minha vida impactada. Tamanha sabedoria recebida por um homem, tamanha angústia e esclarecimento que a sabedoria trouxe.

Tudo é vaidade. De certa forma, até mesmo estas linhas. O cerne é: a vida não gira ao redor de nosso umbigo, anseios e experiências. O umbigo, esse extenso e intenso detalhe que nos faz focar nas distrações.

Somos controlados pela sensação de controlar. Adestrados pela sede de poder. Vaidade.
Dica de leitura de hoje:


Leia todo o livro....

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

confin



Teimosia. Muito ar para inspirar. Lágrimas têm gosto, sentimentos têm rostos. Acordei gataca, dissipei-me rosebud, caminhando pelo dia da marmota, I got mail, lendo à beira de um lago, capuccino, o vento em shellbeach me faz lembrar aquela madrugada fria na fazenda velha. Algodão no pote, dor no joelho e baixa plaqueta.


Cavalos fuzilados. Locadora estuprada. Codorna ao molho de rosas. Coisas para lembrar, outras para esquecer. Pílulas de realidade. Sapatos na lama, suco de laranja congelado, correr como forest; gritar como lola. Viajar o mundo com um anão de jardim, remar num lago com patos ao pôr do sol. Rachar a cabeça das pessoas com um machado não nos possibilita mexer lá dentro. Chover rãs, subir casas em balões, saber que nós somos outros. Sermos alimentados no deserto, e ainda querer mais. Celebridades? Leolo. Cidade das luzes. Na esquina não mais encontro a cega. Cego estou eu. Cegueira branca. O ruído da máquina de escrever, o cheiro de jasmim. O gosto do sangue. Um lugar chamado....Oriundi, agora, em pedaços, é sua vez de voar. Como nascem os anjos? Na morte de Fernando? Eu não sei. Filhos do paraíso e tantos.... outras emoções soterradas na cinzenta massa.


São úteis. Apontam para a escolha. Apontam para Cristo.


deixar a arrogância. Abandonar a soberba. Não fantasiar no reflexo.

...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

sala de espera



Tenho observado salas de espera.


percebo a latente informação: há gente demais no mundo. Muitas ninhadas se concentram no mesmo espaço. Urbano. Ninguém mais está unpluged. É para muitos uma doença não se adequar à modernidade, onde os chips, bits e bites formam o DNA.


Um projeto de expansão parece eclodir da necessidade criada pelo cão que corre atrás do próprio rabo. Ainda não sabem a quem apresentar o projeto, mas os homens desejam aumentar a duração do minuto, da hora, do dia. Pois o tempo se fez insuficiente aos homens.


Acho que há tempo demais. A sala de espera se enche. Demoram a chamar o próximo. Então nos fazemos desejo, carne e tecidos. Mercadores. Na busca pela satisfação, corremos atrás de objetos, sejam pessoas, ideologias ou materiais.


Esteriótipos lotam prateleiras de supermercados, alternam as armações dos óculos, mudam os penteados, fazem dançar as prioridades, as percepções, o consumo. Em que passo está? A que ritmo corre seu sangue? É um desafio vital se localizar nisso tudo. Saber o que fazer posteriormente é a tormenta da inércia que precipita.


Nem tudo se renova após uma noite de sono. Sala de espera. O mundo o é. O que você espera? O que tem feito enquanto espera? Quem o chamará?

...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

instável



Instável, sob o perpétuo olhar. Refazendo escolhas, determinando passos, reconhecendo o vapor de Tiago 4:14 e a névoa de Umberto, tocando flores.


Destituído; uma ilha cercada de pessoas por todos os lados. Um mar de iris. Vislumbro em mim cada vez menos eu e mais Você. Isso me faz tão bem.


O epitáfio do antipoeta: Ter pelo menos a certeza do que deseja. Estar aberto a compreender do que precisa.


Salvação. "Por meio da graça sois salvos. Pela fé. Isso é dom de Deus."


A questão não é o que falamos ou pedimos a Deus; mas o que Ele nos diz.

sábado, 30 de outubro de 2010

sim



Nem toda água poderia lavar a angústia e o peso dos dias. Junto dos passos a manhã traz gritos de corvos disfarçados de sorrisos e lembranças opacas de um tempo antigo. Feridas somem com a dor. Crucificaram a esperança. Entretanto, ela ressucitou no terceiro dia e voltará em breve.


Névoa. Um paradoxo silencioso que me acompanha. Vapor de vida. Olhos de ressaca. Torre de marfim. Olhos de mel à luz do sol que se põe. Seguimos lubrificando os olhos, na esperança de breve receber a visita definitiva. Não há faquir no jardim do amor, não há poesia no centro das decisões. Jesus voltará. O que é o verdadeiro carpe dien enquanto aguardamos o retorno? O umbigo não é uma taça de vinho. No banquete da vida estamos de pé. Fomos chamados a ser mordomos. Sermos servos, mas tratados pelo Senhor como herdeiros.


Que cheiro tem o desejo? Qual o sabor da realização? Qual a duração do tempo? A que distância está a eternidade? O que vem após a morte da interrogação?


Imerso na fé. É possível respirar. A esperança viva mantém em nós a certeza do cumprimento da promessa. Há perdição. Há salvação. Escolha.


Chão de pétalas ou travesseiro? Aqui meus relógios não possuem ponteiros. Deus, meu bom companheiro.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Remissão



Remissão. Reler a faceta que se fez a vida de cada um. Considerar as particularidades e sensações tão peculiares que delineiam o dia a dia de quem respira. Diante de tudo isso, reconhecer erros, encontrar em si o arrependimento genuíno.


Assumir a devida função. Em um plano sistematizado diferentemente do modus operandi intelectual e físico do ser humano.


Nos olhos de uma criança, anciãos conheceram a salvação. Crescendo em graça e sabedoria, o menino se fez homem, revelando cada vez mais sabedoria e amor.


À medida do tempo, nos sujamos, sujeitamo-nos a adaptações de valores básicos, fundamentais. Tornamos comum o que outrora condenávamos. Retiramos das páginas de polícia e colocamos na de cultura.


Imperceptivelmente, lastra-se a lei de A. Crowley. Antes fosse a lei de talião. A sociedade escolhe rédeas longas e frouxas para transitar por um caminho estreito.


A remissão acontece a partir do derramamento de sangue. O que faz o sangue ao ser?


Leva oxigênio pelo corpo. Transporta substâncias essenciais à vida. De importância especial na defesa do organismo, o sangue é o unico tecido líquido do corpo. Cada retalho com uma característica funcional. Uma delas nos redime. Nos limpa e nos dá acesso a verdadeira liberdade. Uma escolha é o que pode nos fazer desfrutar das transformações vindas desta característica, encontrada apenas no sangue de um ser.


Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.Hebreus 10:4


Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas,Hebreus 13:20


Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.Efésios 2:13


Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.Mateus 26:28


ainda vejo flores. Elas tornam vivo meu olhar

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

rumo a conhecê-lo



Quando tudo parece estar distante. Quando as certezas se tornam bandeiras e os desejos fuligem aos olhos. Assim, errante entre enciclopédias o humano deturpa o profano em porpurina, fantasia a ruina em adereço, decora a sala de jantar. O limiar da culpa se afasta à medida em que um novo dia desponta nos relógios e celulares. Nos tornamos barcas, sem rumo, no vácuo, sem ter ao menos o som de nossos pensamentos.


Criamos paradigmas para pensar e nos relacionar com Deus. É necessário mudar, aperfeiçoar a percepção do que somos, e para quê o somos. Encontrar felicidade em Deus, conhecê-lo. Ao invés de erguemos monumentos ao ego, precisamos interiorizar olhares. Chega de distrações sociais. O tempo, se há tempo, se esgota. O direito ao porvir depende de uma escolha. Escolha conhecer Deus e saber que ele é o Senhor, imutável e soberano, além de nossa capacidade de compreender racionalmente, precisando de fé e não alienação.


Teimosos; tantos sentidos, sentimentos, capacidade de articulação, pensamentos, criatividade; e ainda assim desperdiçamos tudo em nosso umbigo.


E tudo pela sensação. Sensação de controle, satisfação e euforia. Tudo o que é passageiro.

Nossos ressequidos olhos permanecem nas extremidades da terra. Lembre de Pv 17:24


até quando? Pergunta que transita insistentemente.


A resposta virá implacável. "E teu nome é Maravilhoso conselheiro, Deus forte, pai da eternidade, principe da paz".


cada vez mais algodão

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

língua



Saibamos o momento de usar as palavras, como usá-las e com qual finalidade. Lembro-me de trechos de frases de pessoas aos meus ouvidos. Reverberam em mim as frases de noticiários, de discursos de empresários, de políticos, de amigos.


Longe da novilingua de Orwell, seguimos erguendo nossa babel verborrágica, escondendo nossas emoções, intenções e caráter em textos de palavras e gestos arquitetados. Instituimos o quarto 101 (ver 1984), e tentamos fugir dele. Aprender as lições, alcançar a sabedoria...


Lendo o livro de cabeceira, pensando no algodão que colhi, limpei, separei do caroço e armazenei para devida e possível utilização, penso na poda que fiz no jardim, penso nas escolhas contínuas, persistentes e em como Deus se revela a nós e nos orienta todo o tempo. E para estar sensível à manifestação de Deus, é preciso reconhecer nossa representatividade e significância. Deus não é nosso empregado.


E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Tiago 1: 5 e 6


A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.

Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;

Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.

Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.

Tiago 3: 6-9


Se falasse o vento que à minha face acaricia, me lembraria de ressoar que fundamental é:

Entender que precisamos de salvação. Este mundo, como o conhecemos, nossas leis e sistemas de lógicas, tudo é passageiro. Nossa vida é um vapor... e nosso porvir está relacionado às decisões tomadas durante a vida aqui nesse mundinho. Suprema Felicidade? Escamas caem dos olhos.

Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.Mateus 24:13

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.Marcos 16:16

E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.Atos 2:21

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.Romanos 10:13


Para onde nos levarão nossos passos? E o que fica além de nossas pegadas?