quinta-feira, 7 de setembro de 2017

curvas



Faz em mim curva o vento.
Vou me nu 
Invisível entre os ombros angustiados 


A metrópole permite lacunas dos fluxos cinzas do cotidiano. Possibilita a existência de espaços encantadores, onde um bom olhar pode ser degustado com café. Sublime, a música ambiente isola o som da cidade e harmoniza os sons das pessoas. O aroma de café me seduz e eleva a um ambiente onde não me conheço, me reconheço e me leio. Os sabores do café e do bom queijo a embalar essa silenciosa e solitária dança em uma tarde de brisa suave.

Um macchiato para o primeiro verso. Um chemex com grão na linha mais exótica para me debruçar e tocar a próxima estrofe.

Contorna-me o tempo 
enquanto palavras perpassam os poros