sábado, 15 de julho de 2017

alternância




Entre ter renovado o dia pelo mudar a perspectiva sobre a vida e permanecer no desalento das lamúrias cotidianas, alço voo sem amarras, mas não sem norte. A manutenção das vaidades que nos alimentam sucumbe a um novo pilar dessa sociedade líquida. A alternância; manifestada pela transição de paradigmas desse indecifrável Hilbert Hotel, do qual somos hóspedes, hospedeiros, expectadores e produto.

O uso e ocupação do território não pode ser analisado de forma rasa e inconsequente. Faz-se necessário uma leitura que compreenda o contexto social, as interferências no ordenamento que provém do meio e as que vêm do próprio indivíduo.

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Já observou um casal jogando pingue-pongue pausadamente? No auge da idade da sabedoria, eles se divertem; sorriem em olhares de cumplicidade e um ritmo de raquetada que mais parece um dar as mãos. O ponto se estende, não se conta, o valor ali é outro. E ao lado, a mesa de sinuca recebe com a filosofia do silêncio o cavaleiro andante. Já viu um solitário jogando sinuca calmamente? 

Os impactos de se estar vivo, grifados em anéis de crescimento da madeira, na floresta que ainda persiste, respira e nos integra. Encanta-me estar na Dinâmica da vida. Sendo um detalhe orgânico na malha complexa que forma a derme da realidade.

Qual sua melhor face ao espelho? Aquela em que você se olha nos olhos e se reconhece.

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