quarta-feira, 26 de julho de 2017

Relações Governamentais no mundo empresarial


(Parte do trabalho Sócio-Transcendência - A Sociologia Política como instrumento estruturante do Investimento Social Corporativo - da pós graduação em sociologia política)

As leis não definem e regulam uma sociedade, mas a sociedade regula as leis. Enquanto se pensar o contrário, viveremos um tempo de excesso de leis, escassez e ineficiência de cumprimento e de fiscalização. A atrofia dos órgãos públicos (em função do perfil robusto de burocracia, baixo índice de capacitação e de comprometimento de seus servidores, aliada a má gestão de alguns personagens) exige uma reconfiguração do posicionamento da iniciativa privada tanto no cenário social (como praticar a responsabilidade social), quanto no político (dialogando com os atores políticos em busca de uma responsabilização pública sobre as demandas sociais e também empresariais).

Neste sentido, as empresas deveriam estar atentas às respectivas estratégias e estruturas de relações governamentais. Não amparada em propina, e o velho modo já condenado e vindo à tona no Brasil pelos recentes acontecimentos (Operação Lava Jato), mas na legalização de um lobby como instrumento de diálogo e articulação de destinação de políticas públicas e recursos em prol da comunidade. Assim, os profissionais devem dominar as técnicas de leitura de território, exercitar a percepção de tendências e correlações sociais, bem como atentar-se para as estratégias políticas e suas interferências nas comunidades de atuação da empresa. Se a equipe responsável pela atividade é própria ou terceirizada, isso depende do perfil de gestão da empresa. Talvez o recomendável seja uma equipe própria com suporte (via convênio) de uma associação com expetise e trânsito político.

Para isso, após ter uma leitura (diagnóstico) aprofundada do território (comunidades) que atua, é importante que as áreas de Relações Institucionais / Governamentais das empresas sigam algumas premissas básicas:

Conhecer a gestão financeira dos municípios críticos (receitas e despesas). Ex: via Portal transparência, Lei de livre acesso à informação. Considerando municípios críticos aqueles de relacionamento mais delicado, que exigem mais atenção.

Conhecer linhas de investimento público disponíveis. Convênios, emendas parlamentares, fundos, leis de incentivo. Acompanhar a estrutura de gestão do Estado e da União no sentido de destinar recursos para as cidades.

Conhecer Atores políticos de interferência e influência nos municípios críticos (Ex:Deputados Estaduais, Deputados Federais, Chefes de partido).

Articular captação e destinação de recursos federais e estaduais para demandas dos municípios críticos. Verificar junto a Prefeitos e Presidente de Câmaras o fluxo de recursos para o município e promover o diálogo com os atores políticos, colocando a empresa ou instituto da empresa como interlocutor que reforça a demanda social cuja solução é pleiteada.

 Simultaneamente a busca por recursos públicos, é fundamental que a empresa determine o que deseja obter de retorno de cada projeto que apoia (Retorno apenas de imagem? Geração de Renda para comunidade? Qual a meta de renda a ser gerada por família beneficiada? Qual o tempo de apoio? A empresa tem também que definir quanto (R$) está disposta a destinar ao Investimento Social Corporativo.

- Elaborar estratégia de atuação, definindo perfil de investimento (social e de comunicação) correlacionado à rentabilidade da Empresa  (Faturamento, lucro líquido, tributação).

Verificar perfil do investimento social corporativo e de comunicação e o impacto ou interferência no Índice de Sustentabilidade da Empresa (ISC).

A profissionalização das Relações Governamentais no cenário da iniciativa privada precisa ganhar aspectos sérios, com fluxos formalizados e estratégias bem traçadas para promoção da boa política, em prol do famigerado desenvolvimento integrado e justo.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

rastro



Chegamos a um tempo em que o diálogo harmonioso deu lugar a uma troca de agressões. Quem se faz mais cruel, quem mais fere, esse sai como vencedor do ambiente, torna-se o imponente; contudo não percebe que mata um pouco do outro. Mata um pouco do outro. E a parte morta muda o ser profundamente. Gira-se a roda.

Posso sentir seu peso sobre mim. Consigo pressentir seus passos atrás dos meus, seu peso sobre meus ombros, suas mãos em meu pescoço, sua risada ansiando minha derrocada. Ainda assim persisto. Ainda assim continuo vivo atrás das retinas lacrimejantes. Com a pele fustigada de tanta agressão, com a memória falha de uma mente sobrecarregada, com a visão turva, com a cabeça que raramente não está dormente; ainda vivo. A leitura em braile da pele vê nas rugas a marca de um tempo. Outrossim, mesmo com as pessoas tropeçando nas minhas palavras, não compreendendo meus gestos e usando o que sou contra mim, sigo vivo. Posso sentir o cheiro do seu egoísmo, sua vontade em dissecar-me tornando-me um troféu na estante dos réus. Todavia, insisto. Perpasso meus sonhos entremeio a realidade. Desvencilhando-me dos desfiladeiros das pessoas que querem que o mundo seja segundo suas regras. No respirar gero frutos. Parte de mim que espalhada em gestos, em palavras e pessoas, infecta a vida de um novo olhar, um aroma que traz paz.. 




sábado, 15 de julho de 2017

alternância




Entre ter renovado o dia pelo mudar a perspectiva sobre a vida e permanecer no desalento das lamúrias cotidianas, alço voo sem amarras, mas não sem norte. A manutenção das vaidades que nos alimentam sucumbe a um novo pilar dessa sociedade líquida. A alternância; manifestada pela transição de paradigmas desse indecifrável Hilbert Hotel, do qual somos hóspedes, hospedeiros, expectadores e produto.

O uso e ocupação do território não pode ser analisado de forma rasa e inconsequente. Faz-se necessário uma leitura que compreenda o contexto social, as interferências no ordenamento que provém do meio e as que vêm do próprio indivíduo.

...

Já observou um casal jogando pingue-pongue pausadamente? No auge da idade da sabedoria, eles se divertem; sorriem em olhares de cumplicidade e um ritmo de raquetada que mais parece um dar as mãos. O ponto se estende, não se conta, o valor ali é outro. E ao lado, a mesa de sinuca recebe com a filosofia do silêncio o cavaleiro andante. Já viu um solitário jogando sinuca calmamente? 

Os impactos de se estar vivo, grifados em anéis de crescimento da madeira, na floresta que ainda persiste, respira e nos integra. Encanta-me estar na Dinâmica da vida. Sendo um detalhe orgânico na malha complexa que forma a derme da realidade.

Qual sua melhor face ao espelho? Aquela em que você se olha nos olhos e se reconhece.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Clarifício


desliza um dia novo,
e a luz caminha pelas curvas 
desfazendo os desfiladeiros da paz;
do pouso ao voo, o alvoroço do silêncio.


quinta-feira, 6 de julho de 2017

Organização Social - nuances



A hipótese do perfil de ocupação geográfica ou perfil cultural de uma nação, por muito tempo foram utilizados para definir aspectos de pobreza e prosperidade; estabelecendo parâmetros para avaliar o índice de fracasso de um povo. As regularidades comportamentais que regem a forma de organização da sociedade estabelecem seus padrões tendo como base o senso de preservação e sobrevivência.  Padrões esses materializados por meio de atitudes instintivas ou culturais.

Neste ínterim, emergem na seara da filosofia social o darwinismo social e sua interpretação da sociedade sob o viés das leis de evolução das espécies biológicas, como instrumento de explicar a sociedade e suas transformações, transições de paradigmas e padrões.


A organização social contemporânea impele ao indivíduo um comportamento de egocentrismo. Para coexistir o ator social com esse perfil precisa de público e referência, para então impor suas singularidades, legitimando-as como objeto de consenso ou bem-estar social. Importante considerar a etimologia; do latim medieval individuus (indivisível), que é formado de in + dividuus. O vocábulo dividuus vem de dividere (dividir). O processo de formação de indivíduos compreende interferências da sociedade, ou seja, depende das relações sociais e culturais (variando o grau de intensidade), formando assim a identidade do ator social (VIEIRA, Rudson. 2016. http://passocomunicacao.blogspot.com.br/2016/12/individuus.html acessado em 28/06/2017).


O efeito em cadeia da Revolução Industrial, responsável por parte do desenvolvimento da sociologia nas ciências sociais, segue interferindo na configuração social, impulsionado pela globalização. Avanços tecnológicos ditam não apenas o comportamento social, mas principalmente os parâmetros de desenvolvimento da nação e os respectivos mecanismos de controle da massa. "O motor das transformações tecnológicas, em todos os segmentos da economia, era a inovação, encabeçada por novos empreendedores e homens de negócios ávidos por aplicar suas ideias" (ACEMOGLU E ROBINSON: 2012 P.40).

As desigualdades mundiais, todavia, não podem ser explicadas pelo clima ou doenças, nem qualquer outra versão da hipótese geográfica [...] A história demonstra a inexistência de ligações simples ou duradouras entre clima ou geografia e êxito econômico. Por exemplo, não é verdade que os trópicos tenham sido sempre mais pobres que as latitudes temperadas. (ACEMOGLU E ROBINSON: 2012. P. 56 e 57).

Uma observação sobre o Iluminismo (filosofia das luzes) e a intensa busca pela evolução através do questionamento e percebe-se uma sociedade que é regida por alguns mecanismos de controle como o medo, a dependência, o limite de acesso. Os instrumentos reguladores desses mecanismos eram a espiritualidade, informação / conhecimento e a sobrevivência.

Clifford Geertz já bordou certa vez a respeito de como correntes teóricas que tentaram perfilar o ser humano e seus costumes a partir de uma correlação com fatores biológicos, psicológicos e sociais e também culturais, acabaram por definir uma concepção estratigráfica, em busca das constantes universais. No entanto, a sociologia, ao surgir e se fortalecer no século XVIII, consistiu em uma ciência para descobrir as leis do progresso e desenvolvimento social além dos dogmas pré-estabelecidos. Observar o indivíduo imerso e simultaneamente isolado das constantes universais para ter então uma leitura apurada da realidade, paisagem a qual marca a história da civilização.

Durkheim buscou em sua abordagem sociológica fatiou a sociedade de forma a buscar um entendimento a respeito do que constitui o fato social. A análise do movimento de inércia social e rompimento do mesmo, levou Durkheim a correlacionar as mudanças abruptas na rotina do indivíduo, ou a ausência de algum tipo de mudança, resultava no colapso do indivíduo enquanto ser social, imputando a ele um estado de apatia controlada, sucumbindo ao suicídio, físico ou social. Sua leitura da sociedade a partir da Divisão do trabalho social, busca compreender as responsabilidades e deveres de cada integrante do grupo, buscando conceber uma sociedade que exista dentro e fora do indivíduo. O consenso, fiel da balança de uma sociedade igualitária, almejado por Durkheim  em sua concepção sociológica revelou-se uma utopia uma vez que a história das nações revela um campo controverso. A visão sociológica de Durkheim partindo das implicações e determinações individuais em consonância com as construções sociais, busca delinear a organização da sociedade, suas anomalias e seus rumos. A mensuração e atestado empírico de suas observações acerca da sociedade, dava a Durkheim um panorama de como o homem além de contribuir na formação da sociedade, ele também se constitui como um produto dela.

Em sua obra, Durkheim aborda o Estado como órgão e o instrumento de uma nova sociabilidade, protegendo e regendo a sociedade rumo a um desenvolvimento. Considerando sua argumentação de que o indivíduo possui duas consciências (Individual e Coletiva) pode-se verificar pelo contexto social, que o populismo e neopopulismo atacam a consciência coletiva e a manipulam a partir de nuances percebidas de uma consciência individual adormecida.

Em Weber, sua abordagem sociológica tem ênfase na ação social. Creditando poder à conduta do grupo (social) sobre a do indivíduo. Sua sociologia compreensiva ou interpretativa busca compreender as ações do indivíduo como parte da constituição da realidade social. O motivo das ações, chamados Tipos Ideais, são os instrumentos de compreensão da realidade, mas em si não fazem parte dela. O sujeito social, como fruto da sociedade que o indivíduo contribui na construção, não pode ser compreendido em sua totalidade, tampouco a realidade. Embora caminhe sobre conceitos e percepções subjetivas, Weber propõe uma metodologia que consiga atingir de forma objetiva a leitura social sobre o indivíduo e sua formação enquanto sujeito social (produto da sociedade). Trata-se de uma ciência embasada na realidade, que não se restringe a padrões fixos dos fenômenos e do tipo ideal. Neste cenário, a finalidade das ações sobrepõe a relevância de suas consequências. A ação dos indivíduos é analisada de forma contextualizada, conforme recorte definido de parâmetro de análise.

Atrocidades da história humana aconteceram não apenas pela alienação em uma ideologia e intencionalidade de ser cruel com seus semelhantes e divergentes. Mas pode-se perceber que adventos como o holocausto, submissão a regimes ditatoriais, aceitação de um determinado sistema político e organização social se dá por meio do que vulgarmente se chama de efeito manada. Trata-se da Conformidade Social. O comportamento de obediência ao grupo dominante.

Cada sociedade funciona com um conjunto de regras econômicas e políticas criadas e aplicadas pelo Estado e pelos cidadãos em conjunto. As instituições econômicas dão forma aos incentivos econômicos: incentivos para buscar mais educação, para poupar e investir, para inovar e adotar novas tecnologias, e assim por diante. É o processo político que determina a que instituições econômicas as pessoas viverão submetidas, e são as instituições políticas que ditam como funciona esse processo. Por exemplo, são as instituições políticas de uma nação que estabelecem a capacidade dos cidadãos de controlar os políticos e influenciar seu comportamento – o que, por sua vez, define se os políticos serão agentes dos cidadãos, ainda que imperfeitos, ou se terão a possibilidade de abusar do poder que lhes foi confiado, ou que usurparam, para fazer fortuna e agir em benefício próprio, em detrimento dos cidadãos. As instituições políticas incluem Constituições escritas − mas não se limitam a elas − e o fato de a sociedade ser uma democracia. Compreendem o poder e a capacidade do Estado de regular e governar a sociedade. É igualmente necessário considerar de forma mais ampla os fatores que determinam como o poder político se distribui na sociedade, sobretudo a capacidade de diferentes grupos de agir coletivamente em busca de seus objetivos ou impedir outros de atingirem os seus. (ACEMOGLU E ROBINSON. 2012. P.50)

O marxismo e sua divisão de classes como mecanismo de análise social e definição de parâmetros das relações sociais estabeleceu uma nova vertente na sociologia. Com argumentos focados na divisão do trabalho e a valorização do produto e do modo de produção, bem como da força de trabalho, o marxismo buscava um equilíbrio entre as classes sociais a partir da entropia, conflito e posterior harmonia, que, no entanto, revelou-se como tendência a inversão dos papéis; uma vez que o empoderamento do trabalhador e sua libertação dos padrões de produção controladores, o faz se tornar um novo empregador, porventura, sem a devida capacitação, mas apenas o estímulo. Este fato, impulsionado sem a devida estruturação de mudança, impacta no mercado, afetando lucros, sistemas de produção e de consumo, interferindo na sociedade de forma negativa.
O Comunismo implantado foi uma ideologia deturpada, focada no embate privado x público. Marx defendia não o fim da propriedade privada, mas o fim da propriedade burguesa; defendia que o homem livre teria mais tempo para ser do que para ter. Para isso, ele defendia 10 medidas para concretização de uma sociedade comunista, a ser estruturada gradativamente.  Contudo, a burguesia quer manter as coisas como estão, o proletariado  quer deixar de ser proletariado sem ter claramente definido o que deveria se tornar. O cálculo da mais valia oscila conforme o volume do capital, que varia de acordo com o perfil de modernização do processo de produção, que por sua vez depende do apetite a investimento da burguesia, controle e aceitação junto ao proletariado.
A cultura de massa, então consolidada e difundida pela Escola de Frankfurt abordou uma teoria crítica da sociedade onde o todo era analisado a partir de recortes específicos, condicionados a experimentos comportamentais, para se compreender os mecanismos da opinião pública, sua formação, representação e controle.

A sociologia é multifacetada. Seja no viés do Funcionalismo, Neofuncionalismo, Fenomenologia, Estruturalismo, Etnometodologia, Hermenêutica, Sociologia da Ação, Individualismo Metodológico; todas ideias surgidas diante de um colapso, crise do pensamento sociológico na contemporaneidade. O pluralismo das novas sociologias ampara-se na historicidade das nações como ferramenta de leitura da sociedade, cada uma com suas especificidades. Contudo, este amparo na historicidade gera um historicismo que considera as ações dos indivíduos dentro do contexto social. Importante considerar também a sociologia Figuracional, de Norbert Elias, onde as consequências ou resultados não almejados, decorrente das relações sociais, são o instrumento de análise e trabalho.

O individualismo, onde a sociedade é atendida pelo indivíduo, sendo ela a consequência da existência e interação dos indivíduos, busca compreender a sociedade a partir do contratualismo, esse estruturado em tradições e valores. Assim, o indivíduo se constitui sujeito social, cria e interfere na sociedade. Na visão do holismo metodológico, o fato social ganha relevância como instrumento que interfere, exercendo coersão sobre os indivíduos. Assim, o ser seria modelado pela sociedade, que já teria sua própria regra de coexistência.
Em um cenário plural de análises sociológicas da sociedade, a oposição entre nível de recorte (macro ou micro) polariza-se entre o coletivismo metodológico (holismo) praticado por Durkheim e Marx, com análise macro dos adventos sociais, relações sociais e constituição dos indivíduos. Esta análise norteia-se pela compreensão das coletividades e suas correlações com o indivíduo. De outro lado, o individualismo metodológico, onde a realidade é interpretada a partir do repertório individual, sob perspectivas restritas de cada indivíduo não enquanto sujeito social (integrado à coletividade), mas em separado.
Nas análises macro, é importante considerar as interferências das tradições e dos valores sociais sobre o sujeito. As tradições (coletividades consensuais consolidadas pela historicidade), mesmo dotadas de valores e mecanismos de controle, não determinam em plenitude o comportamento dos indivíduos. Martins (2008. P 205.) aborda como a tradição e valores diferenciam-se na interação com o indivíduo e constituição de seu comportamento.

A sociologia conduzida pelo viés que transite entre o macro e micro (considerando o número de indivíduos envolvidos nas respectivas análises) seria o ideal para traçar estratégias de intervenção e evolução a partir da leitura aprofundada do território e das relações inerentes. Neste sentido, as análises dos elementos em uma dimensão micro não devem significar uma leitura reducionista, mas sim mais detalhada do que vem a delinear o indivíduo, seu comportamento e respectivos desdobramentos, de forma a interagir com as análises macro para recriar as estruturas sociais possibilitando melhor significação da sociedade.

Desta forma, a metodologia para compreender o universos societário, o que e como o constitui e os rumos possíveis e intervenções necessárias, não deve estacionar seu modus operandi em uma única vertente, mas na integração e correlação das abordagens (mesmo as de caráter oposicionista) para então se construir uma versão do entendimento social que seja aplicável á paisagem de forma dinâmica, orgânica, viva. O paradoxo dessa hipótese e respectiva dualidade é portanto o caminho acessível da compreensão das relações dos indivíduos com o contexto social e de que forma as interações alteram tanto os indivíduos, seus comportamentos enquanto sujeitos sociais e a própria sociedade.



 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACEMOGLU E ROBINSON, Daron e James A. Por que as nações fracassam: as origens do poder, da prosperidade e da pobreza. Tradução Cristiana Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

DURKHEIM, Émile. Lições de Sociologia – a Moral, o Direito e o Estado, 1969 - Editora da Universidade de São Paulo, 2ª edição.

FERREIRA, Roberto Martins. Popper e os dilemas da sociologia. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2008

GEERTZ, Clifford: A interpretação das Culturas. Rio De Janeiro: Ed Guanabara, 1989.


(VIEIRA, Rudson. Individuus. 2016. Disponível em http://passocomunicacao.blogspot.com.br/2016/12/individuus.html acessado em 28/06/2017).