domingo, 1 de março de 2015

ah


pra quê esmero ao vento...
fui ser sincero
e fustigado pelo julgo dos outros fui
fui amar o que nunca é meu
e amargo se tornou meu olhar
insípidas minhas lágrimas
silenciosas minhas palavras
agora a foto de um instante de ternura
me afogou no ridículo da exposição
não há inocentes
não há inocência
suave macia e doce
sua voz afaga se pra mim e afoga se para os outros
tênue membrana entre a dor e o gozo

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