A manhã desperta minha face ao sol, o vento percorre minha pele definindo caminhos de refrigério, de excitação e paz. Pego uma flor e penso em você; guardo-a no aconchego do peito. Suas pétalas suaves sobre mim; poder sentir com intensidade a sutileza que você carrega naturalmente. Seu bom dia é transformador, seja qual dia for!
segunda-feira, 21 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
limão n' água
Multiplicidade;
somos invariavelmente os mesmos? Continuo a frequentar as bancas,
insisto em atirar limões na água e observar os seus
efeitos. Entre os ombros dos mais afoitos, as pautas e ruas revelam
tanto desejo que as horas são poucas e os dias cada vez mais
necessários. Um país com significativa preocupação
com temas ambientais e controversa tratativa de tais assuntos.
A
fraca presença da imprensa no último Fórum
Mundial de Água (em Marselha) e a repercussão do
assunto na mídia despertou preocupação. Os
debates provocados no VII
Fórum Água em Pauta”, realizado pela Revista Imprensa
e pela Bolsa de Responsabilidade Social (BRS), em Fortaleza (CE),
alfineta-nos ainda mais. Como os jornais de grande circulação
e os jornais de circulação regional tratam do tema?
Como proporcionam a reflexão e mudança de hábito
do cidadão? Aos que não fazem, é tempo de
despertar; aos que esboçam uma narrativa, é preciso
mais do que panfletagem.
Inevitável
então é condicionar o público para a faceta
econômica de comportamentos sociais. Combater a violência,
a droga, o crime ambiental e a pobreza e falta de saúde
tratando todos como indicadores econômicos dos mais importantes
(como variáveis do mercado econômico); mostrar e
amplificar como tudo isso nos é muito caro. O avanço
tecnológico e as mudanças no periodismo das mídias
tornaram equivocadamente o “passar os olhos” sinônimo de
leitura. Precisamos fazer como disse Dines à revista Negócios
da Comunicação: “Eu subordino a tecnologia ao texto,
e não o contrário”. As universidades, entidades e
institutos de pesquisas despejam diariamente estatísticas que
nutrem pautas e a desinformação da massa.
Considerando
a importância do lucro para as atividades sociais
contemporâneas, a Economia Verde a ser debatida na Rio +20
propõe tratar a natureza como um capital. Desse modo,
estratégias de lucratividade a partir de investimento em
preservação serão apresentadas como solução.
O lucro saudável, sem exacerbado ganho financeiro, mas também
sem prejuízo. O ganho humano é maior.
Enquanto
a preservação do meio ambiente depender do emocional
coletivo, nada de efetivo acontecerá. O indivíduo se
move pelo bolso ou pela barriga que dói. A cobertura da
imprensa deve ampliar os interesses envolvidos em questões
como a do Código Florestal e não ficar com uma placa de
protestos em mãos.
O
factual precisa ser utilizado como instrumento de reflexão e
não para induzir uma opinião (como é feito desde
os primórdios), mas proporcionar o diálogo. Talvez essa
seja a alternativa à consciência social vigente:
Proporcionar mudança pelo debate (e não combate) da
multiplicidade de ideias, reforçando que alguém terá
de ceder, é inevitável.
A
Presidenta Dilma tem até dia 25/5 para se manifestar sobre o
Código Florestal. Enquanto isso, a população
continua como uma massa em bloco de carnaval atrás do trio
elétrico: presa no automatismo de pensar e agir. A rima pobre
é válida: Tudo muito polarizado em mundo globalizado.
sinto você ranger abaixo de mim,
não me canso de tocar-te;
mantenha-me de pé enquanto persistir o sonho
Saiu também no Observatório da Imprensa
http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed694_atirei_um_limao_nagua
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