Tostoi e Blair ébrios do conceito de felicidade e busca humana. O deflagrar da essência humana não está mais sobre o fôlego divino, mas no paradoxo entre seduzir, conquistar e destruir. Constata-se isso na política internacional, na concorrência no mercado regional, ou entre as alianças, namoros e programas de entretenimento.
Comportamentos selam o
valor do indivíduo. A intrepidez, ganância e arrogância fazem
do ser social cobiçado e temido. A sincera humildade e
sensibilidade o torna resto entre os dentes. Há lei dos mais fortes.
Fidelidade em plenitude
inexiste; até os mais profundos resquícios do que foi
humano. A vaidade exortada é o significado da sociedade
contemporânea. Todavia, às vezes é ela (vaidade)
mecanismo de defesa, estratégia natural de sobrevivência
pela sedução e reconhecimento, ocasionando benefícios para o outro ou para o grupo social: solidariedade.
Em um rápido
olhar ao redor, o retrato: As referências, os grupos de
relacionamento; as riquezas. Os sentimentos esmigalhados, a justiça
esmagada, a misericórdia, a esperança. Açougue e
suor, sob o sol o dia resvala as ilusões de homens sobre as
fúteis mulheres limpas, sujas de papel moeda e controle de
emoções. O álcool, nesse cenário, é
a porta para o beco que desemboca em outra porta: para outras drogas. A
degradação da vida aumenta sem medida. As páginas
de jornais já não conseguem acompanhar e apenas resumem a violência sem fronteiras, credo ou classe. Todavia, há narradores que conseguem tornar o jornal uma bula para lidar com a realidade.
Confiante no elixir da humanidade, arrisco: Haverá errata.
Lampejos do que a
mão não alcança, do que os lábios não
podem tocar. A liberdade das interpretações determina a
intensidade dos conflitos. Encontrar o próprio ritmo dentre os
passos e ombros na rua. Encontrar o seu ritmo dentre as gotas de
chuva. Saber cumprir sua função como átomo neste
universo.
As lágrimas
confundem-se com a chuva;
e o suor não
saía daquele corpo cansado.
Essa palavra que não
tiro do seu raciocínio
esse teu jeito de
causar-me rima e suspiro
Não é
o céu, muito menos seus olhos;
o brilho é a
estática da ilusão;
a esperança
nos invade e conduz-nos
a uma paz sem alma,
sem corpos,
sem palavras.
Quantas voltas guardam o caminho de ida?
Quantas voltas guardam o caminho de ida?
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