“E faz o quê mais sentido? A soberania de Wagner que sem usar palavras reflete nossas angústias e voracidade? Expõe nossas entranhas emocionais com as cordas, alimenta a utopia com o sopro, entretanto neutraliza a esperança com a ponta dos dedos”.
"Quando a vanguarda vira clichê, sei que estou ficando velho, ou que tudo está muito rápido. Resta-me dizer amo você, mesmo que seja você uma ideia".
“Você é sem gosto, sem cor, sem cheiro. Chego em casa e sempre as mesmas enxurradas, os mesmos terremotos, o apocalipse de sempre sem o fim eterno. Você corrói meus músculos e liquefaz meus nervos. Estou sangrando palavras tolas. Todavia, seja feita tanta incoerência: não fico sem você. Pura e cristalina, exposta a coliformes sociais, extraviada em suas ideias, você. Evapora”.
“Quando Eric Arthur disse que {Muitas pessoas não desejam sinceramente ser santas, e é provável que as que alcancem a santidade, ou que a ela aspirem, jamais tenham sentido muita tentação de ser seres humanos}; muitos sorriram, permaneceram com a bíblia aberta na sala, ou posta nas axilas, contudo a leitura fora descartada. Os aspirantes a vivem”.
"Proposital, assim foi. Foi assim proposital. Tantos autores sussurrando confusão e esperança. O indivíduo em seu espaço crítico, com um repertório aos ouvidos que grita no vácuo a razão, sobrevive. E o propósito tal que repercute no banheiro durante o escovar os dentes, é vapor; assim como o é a vida".
"O mergulho raso virou mergulho. O oráculo não fecha biblioteca mas peneira. O profundo mergulho ainda é profundo. Ante a fraca construção resta escolher o lugar de assisti-la ruir. Reconstrução".
"Não apenas caem os cabelos, mas as cordas vibram no Baiano. As memórias brilham como ouro. Os olhos lacrimejam e as gerações são como dois rios que se encontram rumo ao mar. O artista o é em essência e intensidade enquanto é anônimo. Assim flui a vida sem registro, mas com a espontaneidade de sua beleza".
"Somos voláteis, versáteis à procura de um ponto fixo em meio ao estardalhaço. Navegar ou viver? Precisão e necessidade. Montar frases; cavalos selvagens agonizando durante o galope".
há quem entenda
vale uma passagem de ida.
a quem entender.
vale uma passagem de ida.
a quem entender.
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