quarta-feira, 18 de maio de 2011

doces e conceitos


Angustio-me com a beleza;
Fascino-me com a angústia.
Na leveza da palavra distancio-me da escrita.

Assim; entre o que é, era e há de ser
balbucio temperos ao vento
caminho na névoa;
amparado

;

Vanguarda. A via dolorosa dos que seguem no fluxo da vida por seguir. Ser rio, ser margem, à terceira. Espeta-lhe às costas. Moderno Tristan S. e suas linhas intermináveis. Lágrimas e sorrisos fazem das rugas riachos, córregos, rios, cachoeiras. Ela estava com os pés nus sobre uma areia banhada pelo sol, em um horizonte desenhado pelas águas no mar e no céu. Nuvens. Traços de esperança. Vento aos cabelos. Parada em seu movimento. Raptada por um olhar; ah e a natureza do rapto. O vasto mundo, sua complexidade e simplicidade em um dorso nu.

Folga nos trâmites comunicacionais. Processos saindo do casulo. Transformação de conteúdo e aperfeiçoamento no uso das ferramentas para apresentar o mesmo, outra vez novidade.


Minha percepção dos mundos passa por uma alteração curiosa. Não consigo explicar. É individual, não cabe em palavras. Enxurrada de palavras diárias. O que comer? As interrogações e a caçada de exclamações, amparada pelo vício por reticências, movimenta o mundo das ideias. O amor está no movimento, em sua forma plena: inconceituável. Não se esquadrinha.

Os clichês são muitas vezes profecias ao vento. Somos todos iguais. A vaidade é palpável, até mesmo quando a espiritualizam. Frutificamos esperança.

Toca. Esconde-se e manifeste o que comove. Move. A insensatez não é um freio, mas o empurrão. Palavras em vão. Entra. Encoste, respire. Sinta

Filmes, livros e cafés.. e não mudo. Tramas
Mergulho; Ainda há fôlego.

Lá no fundo ressoa Tangerine, I gonna leave you...

Tempos Doces e Conceitos

estrada e convite. Vem?


quinta-feira, 5 de maio de 2011

dois pontos


Língua. Seus sabores.

Ela pensou com a névoa de Eco

Seus olhos deslocaram-se no horizonte

Espontâneo momento sem fala

Sua boca entreaberta

Após a contemplação, a insegurança

Quis encontrar o andar sete e meio

Mas não havia My Blueberry Nights e não se ouvia Try a Little tenderness, com Otis

Meus pés dedilharam as poças deixadas à rua

Não estava mais à chuva para cantar


Tudo que enxergamos esconde alguma coisa, nós sempre desejamos ver algo que está escondido por aquilo que enxergamos.” René Magritte (1898 – 1967),


Ah, comunicar. Irremediável, o furo expande. A nova testemunha ocular se desloca pelas redes eletrônicas chamadas sociais. O relacionamento de antes, que envolvia a presença física agora se baseia na transformação de códigos binários, e às vezes nem isso. O apagão energético é o apocalipse contemporâneo. É preciso energia para consumir e para produzir. O desenvolvimento de energias limpas está atrelado à sustentabilidade das relações sociais mediadas por chips. Os veículos de comunicação renovam-se. The new Newsmaker alastra-se, é Le fils de l'homme (O filho do homem), de René Magritte em 64. Confiabilidade consolidou-se como o fiel da balança comunicacional, embora muitas vezes seja soterrada pelo volume de citações e repetições. Os olhos como peneiras ininterruptas nos faz saborear boas produções. Mas nos instiga o que está por trás daquilo que vemos. A construção dos discursos força os produtores a experimentar a linguagem e suas potencialidades para conduzir e induzir sentidos. As formas sobrepoem-se exigindo um mergulho cada vez mais fundo. De onde virá mais fôlego? Alguns dizem da necessidade, outros se rendem e apelam para Deus e há os que fazem girar as engrenagens que movimentam uma fragmentada linha reta em poema. Takai Insensatez. Compreender que a mão que segura a pena (a caneta, a tecla, a tela) detém o controle de uma escolha. Todavia, a mente que pulsa sentimentos em palavras reconhece que o poder não se detém.


uma volta

ler a Bíblia

ver filmes

músicas

comida

na parede, à mesa

livros

volta?

ida

.,


eu passocomunicacao.blogspot.com