sexta-feira, 18 de março de 2011

entre.


Entre os homens, lealdade é uma moeda de troca; simpatia é o forro da mesa onde esperanças são estraçalhadas. O mercado de trabalho é voraz. Desassossego. As mentiras despencam silenciosamente, apenas com um suave assovio. O impacto assola a alma, entretanto, mantém esteticamente sadias as relações humanas. That’s life Blue Eyes; again. O Ego rege os homens com o chicote da competição, as esporas da vaidade, o chapéu do sucesso (levado pelo vento forte).

Entremeio a variedade de discursos, interpretações de ideias e relatos de acontecimentos, sempre existem aqueles que fazem jus à finalidade de sua produção. Encontrá-los é um desafio cada vez maior. Relatos. O umbigo fala. Todos. Corrompemos o bom silêncio. Tornamos ébrias as palavras. O clichê é verdadeiro. Os questionamentos movimentam a sociedade, aperfeiçoa. Questionar é inquietar-se, manter acesa a chama. Qual o combustível? Há fogo em sarça que não se consome. Eterno.

Entre tremores, temores e reflexões. Rosas e algodão. A espinha dorsal entremeia algo. Ser tocado pela leveza dos significados, significantes e coisas. Independente das pessoas e das lagartas. Embora muitas vezes a razão seja um pingente utilizado ao pescoço e visualizado por nós pelo espelho, hoje um salto de roupa na piscina é o suspiro da sanidade. “A Roseira já deu rosa”.

Deus é bom.
Jo 3: 16 e17


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sexta-feira, 4 de março de 2011

Filhos da pauta




Ambiente de esperança. De calor e intenso frio, onde as utópicas miragens fritam os corações. Lugar de disciplina, lugar de passagem. Um deserto com janelas para o jardim. Flores. No nascimento. Flores. Na mudança. Flores. Na esperança. Flores. Na morte. Flores são pétalas e espinhos.


Passageiro e eterno se divergem, alternam-se em re-significação. A linguagem prende, expande; é uma bússola cega guiada pelo ego. A comunicação e sua quitanda no comércio das ilusões. Controle e consumo. Poder. Reverberar para confundir e estabelecer novos valores, verdades. Sonhos e necessidade.


O desafio falido de comunicar e sobrepor um argumento. A ânsia natimorta de humanamente eternizar uma mensagem. “O meio é a mensagem”. “O diabo é o sol no coração dos homens. Somos hipócritas e intolerantes, salvos pela inocência que nos resta”. Transformação de dados. Discursos como dardos lançados sem alvo.


Não há papel suficiente. Há papéis por demasia e uma ilusão de insuficiência. Há o estouro no consumo. Arruaça informacional segue o limiar das detentoras de influência. Ideias frívolas por um egoísmo besta. As palavras caem pelo canto da boca como farelo. Conteúdo. Confusões. Informações. Conexões. Distrações. A terceira margem do rio. O sol no coração dos homens by SOD. Tentar e tentativas. Tentações. A crise de identidade no turbilhão da comunicação desnorteia o indivíduo em meio a um campo magnetizado pela linguagem e seu uso. A linguagem não como forma de orientação e integração, mas de controle. Significação.

Euforia. Espetáculo. Pingam folhas e bits. Mais do que as mãos suportam e os olhos conseguem acompanhar. É consequência natural de um crescimento. É trágico, óbvio, entretanto não tão necessário. La belle Verte.


Cabelos brancos já disseram que todo lado tem seu lado. Sorrisos do ópio a reluzir ideias. Presos em nossa ideia de liberdade. O idolatrado Bacon grita da geladeira que Saber é poder. Saber é estar preso. O poder de estar angustiado. Ruínas da humanidade.


Somos o canal que transforma a mensagem. O nome científico deste canal é Telephonos wireless sem fios. O que entra pelos ouvidos, é captado pelos olhos ou sentido pelos outros sentidos é diferente da interpretação criada no cérebro. É diferente da mensagem criada a partir da interpretação. A mensagem que sai pelos lábios, ou que de outra forma o corpo emite, é ainda mais diferente. A indústria cultural e seu frasco de dipirona e cafeína. A dependência a coisas erradas. A mensagem de Cristo é acorrentada por nós sob argumentos e discursos ruidosos, no melhor estilo do Telephonos wireless sem fios. O problema, ou solução, é quando esse canal se desgasta, apresenta defeito. Cabeça de papelão.


Óculo negro espreita os segundos. Ósculo pífio com o profano banhado pela vergonha. O fúnebre ciclo da carne podre. Destituir-se, livrar-se do arcaico, retirar o pó da soberba, alcançar a redenção, jorrar arrependimento e reproduzir vida. Óculo espreita a luz enquanto mais uma vez na cruz se limpa no sangue. O diferente nos cativa, o perigo nos atrai, mas a proteção vem daquele no qual se excede e transcende a sabedoria humana, pois Ele é o ser onde toda a sabedoria e amor são em plenitude. Somos migalhas. Olheiras se transformam em item de currículo. Vaga.

passocomunicacao.blogspot.com
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