segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Comunicação - Responsabilidade Social


imagem: net

Papel da Comunicação nos Programas de Responsabilidade Social


Cenário:


Diante do crescente processo de urbanização, com a estimativa de que até 2050, a população mundial atingirá 9 bilhões de pessoas, das quais 2/3 estarão em aglomerados urbanos, e do aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE); torna-se fundamental efetivar práticas que garantam a sustentabilidade aos processos industriais, bem como as ações de Responsabilidade Social.


Dentre as principais demandas por projetos sociais no país estão:

Educação – mais fácil de investir. Entretanto, retorno de longo prazo.

Saneamento – mais burocrático e mais necessário

Habitação – mais recorrente


Desenvolvimento Sustentável, Qualidade de Vida e Responsabilidade Social são muito mais do que produtos de discursos corporativos para a manutenção da imagem das empresas. Trata-se de valores necessários para a verdadeira evolução humana.


Comunicação com foco na transformação


As empresas precisam trabalhar com a produção de consciência crítica internamente e externamente. A Responsabilidade Social precisa ser um valor interiorizado, uma convicção que gere como frutos as ações que beneficiam as comunidades.


As políticas de posicionamento, doação e patrocínio devem estar alinhadas às diretrizes e cultura da empresa (marca). Os projetos devem priorizar mais o benefício social (efetivos) e menos a propaganda da marca. A valorização da imagem da Empresa é consequência natural de práticas consolidadas.


Recordando a Teoria Funcionalista da Comunicação, onde as causas e os efeitos são considerados pano de fundo das discussões, refletindo a respeito da função; entende-se que a comunicação pode ser compreendida como o sistema nervoso social, que com seu fluxo interfere na causa e efeito das relações humanas. Desse modo, a comunicação dos trabalhos sociais realizados pela empresa deve transcender a própria ação, pois precisa agregar valor.


As práticas de comunicação devem estabelecer um processo educacional participativo, integrado à diversidade cultural das comunidades, possibilitando melhoria da qualidade de vida e transformação da percepção dos moradores em relação à empresa.


A Comunicação Corporativa é responsável por promover a re-significação de determinados conceitos das comunidades em relação à Empresa. Para isso, o processo de comunicação deve ser primariamente objetivo, seja nas ações em imprensa, ou material institucional (Mídias Sociais, House Organ, site e folhetos). A efetividade da re-significação está em ser menos propagandístico e mais transformador; trabalhando os conceitos de desenvolvimento, responsabilidade e ações da iniciativa privada, bem como se posicionando sobre assuntos polêmicos e sobre o contexto regional.


A imprensa tem realizado coberturas superficiais e cansativas a respeito de temas como biodiversidade e responsabilidade social. As matérias que não são pura propaganda amparam-se em números institucionais ou disseminam estatísticas e posicionamentos xiitas. Para mudar este cenário, e promover análises mais profundas, as áreas de Comunicação Corporativa devem enriquecer os discursos com ações e resultados efetivos.


Além das ferramentas tradicionais de comunicação, é vital para a sustentabilidade do discurso empresarial a avaliação e criteriosa inserção nas novas mídias e redes sociais. A manutenção do relacionamento com os stakeholders precisa se modernizar e tornar-se cada vez mais transparente, adequando a linguagem e ferramenta utilizadas estrategicamente.


Cada empregado é um multiplicador da cultura organizacional. Portanto, é fundamental que seja alinhado o discurso do corpo gerencial da empresa em relação às praticas de Responsabilidade Social desenvolvidas pela organização e reforçadas com os demais empregados.


As bases do relacionamento da comunicação com todos os seus públicos devem ter foco em Educação, Credibilidade, Relevância e Significado.


Educação – promover re-significação de conceitos e valores. (Consciência Crítica, Saúde, Integridade moral, Conservação da natureza, Desenvolvimento sustentável, responsabilidade e ações da iniciativa privada)


Credibilidade – ser objetivo e verdadeiro ao informar. Deixar claro os objetivos da empresa. Menos propaganda, mais ação. Integridade e posicionamento a respeito de temas polêmicos referentes às demandas públicas e às atividades da Empresa e do setor. (violência, saneamento básico, educação, emprego e renda / aspectos e impactos socioambientais).


Relevância – Evidenciar a importância da integração entre o público e o privado para o bem comum. (O porta-voz e o responsável por Relações Institucionais devem ser éticos, transparentes e presentes. Nas ações possíveis, intensificar a presença dos gestores nas ações de responsabilidade social e envolver o público interno das empresas).


Significado – Potencializar métodos e capacidades em comunicar boas práticas. Refletir possibilidades de evoluir e efetivar a Responsabilidade Social como valor. O sucesso das organizações depende do relacionamento entre as necessidades próprias e as necessidades de seu público. (Identificar demandas regionais por informação e por ações socioambientais.


A elaboração do Plano de Comunicação deve fazer com que o estético (imagem) comprove o discurso e valores da Empresa de forma clara. Ele deve causar “encantamento” e “sedução” pela transparência do posicionamento da empresa.


Dentre os passos básicos para a construção de um Plano de Comunicação voltado para a responsabilidade social e sustentabilidade estão: entender a cultura da empresa, definir objetivos específicos da ação, criar objetivos para a comunicação, identificar barreiras e facilidades, conhecer público alvo, determinar mídia e recursos a serem utilizados, determinar mensagens e linguagem, implementar e monitorar o progresso das ações, buscar feedback, avaliar o processo e identificar melhorias.


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