domingo, 29 de agosto de 2010

copo cheio



um copo em cólera, em queda, estático. Inércia.


O copo está meio cheio ou meio vazio?

O Copo está cheio. 50% ar e 50% água.


É difícil nos esvaziar das características que nos faz sociais na contemporaneidade. Longe estamos da originalidade. Nos afogamos no extremo egoísmo de resolvermos nossos problemas. Parte barro, parte sopro. Humanos e filhos de Deus, por adoção. Somos um copo.


Devemos nos esvaziar. Mas como? Qual a forma sustentável de comungar com Deus na existência sendo ainda seres sociais conforme os padrões arraigados por séculos de cultura moral? O ser humano não suporta incertezas e instabilidade, mas também não consegue se mover sem ambas. Anseiam a paz (essa que em plenitude vem apenas de Deus) mas renovam e se afogam em angústias.


Como exercer, acessar, aumentar e consolidar a fé? Que Deus tenha misericórdia de nossos suspiros. Conhecimento, tempo, sabedoria.


Mediocridade, covardia e mentira pontuam muitas vezes as relações sociais, desde a feira, o passeio no campo, até o dia a dia nas estações de trabalho.


They shoot horses, don't they? Bom filme, mas não há concursos assim até o próximo quarteirão.

A imagem do copo ainda persiste. Do que e como esvaziá-lo?



domingo, 22 de agosto de 2010

...

Dardos inflamados no joelho e ferrugem nas ideias. Mensagens tetanicas saem pela boca sem ao menos comunicar ao ventre. Jogo de palavras sem sentido para exprimir o silêncio de um grito seco de socorro. Com cimento nos pés jogar bola com as crianças é ainda a melhor opção para um domingo.


Sentimentos tratados como esterco servem para fazer crescer o jardim.A mentira como o câncer de estimação do homem e a verdade como o espinho da rosa. Em um tempo de escolhas suaves, Ricardo não encontrou Lídia, mas apenas as cartas de Alberto. Alberto morreu ao escorregar durante um banho, no inverno, na cachoeira. Bernardo decidiu provar o gosto de suas palavras e agora só ares sem pulmão. Silêncio. Pessoas. Biblioteca


O estrangeiro de Camus, ao lado do Andarilho de F. Wilhelm N. possuem o mesmo grau de miopia. O homem insiste em se achar independente. Exala a soberba do saber e construir, vive a solitária escalada do sucesso para ver tudo do alto e sem fôlego, perceber que ninguém o vê, nem está ao seu lado e às suas palavras, mal, mal lhe responde o eco. Melhor seria cantar no vácuo.


Hoje é dia de esperança. Reconhecer as limitações e as incapacidades do agir humano para transformar certas realidades. Hoje é dia de acordar. Sementes estão a germinar. Há apenas um em quem plenamente confiar. Embora lhe atribuam muitos nomes e meios de encontrá-lo, ele é único e tem ouvidos sensíveis a corações e mentes sinceras, abertas.

Precisamos reduzir exemplares da estante.

Dica de filme: A origem e Sim Senhor

Dica de livro: Bíblia

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

trilhos


os passos seguem sem compreender os caminhos, mas confiante de estar nos trilhos certos.

Lançar-se a entender não entender algo que excede a capacidade que possuímos de raciocinar. Pensamentos fáceis podem levar a desgastes. Pensamentos difíceis podem levar ao refrigério. Um largo caminho afoga em alienação de liberdade e tontura. O estreito caminho que leva à salvação pode nos levar a esfolar um pouco, mas vale a pena. Complexidade não significa dificuldade. Simplicidade nem sempre se faz em facilidade. Escolher é como respirar.

O mundo não cabe no dicionário.


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

sementes



As parábolas bíblicas são a semente da verdade do reino dos céus. Nos incrédulos, céticos e niilistas ela não frutifica, mas incomoda, entretanto não permanece. Mt 13: 3-12. Nos arrependidos e crédulos, que reconhecem sua limitação física, psíquica e moral, a verdade bruta, dá frutos, é então revelada aos corações e mentes dignas, que incessantemente buscam de Deus.


Esteja aberto a novas palavras antigas: Mt 3:9. O poder da Palavra é sobrenatural. Pela palavra tentam pegar Jesus (Mt 22: 16, 35. Pela palavra coisas se movem, coisas são criadas: Fiat Lux (e não é a caixinha sobre sua pia.


Terra. Inevitável campo de batalha. Se não nascemos Elias e Enoque, alistados somos em um campo de guerra já ganha, mas de batalhas a serem ainda travadas. Nossa espada para a batalha é a palavra e as ações por ela geradas. O campo de batalha é onde seremos honrados diante dos inimigos, mas sem soberba.


Teremos consolidada a dignidade de sermos vitoriosos. Felicidade? Entenderemos este conceito além do que comercializa as propagandas de margarina, refrigerante, cerveja, lingerie e desodorante.


Armados da palavra amor. O que essa espada fere? Deus é amor. O que tem origem no verdadeiro amor transforma, conforta, educa, vence. A verdade soberana de Deus está pautada em seu amor que maneja com sabedoria plena entre misericórdia e justiça.


Mt 12: 7 - Misericórdia quero sacrifício não. Perdão e amor com os agressores. Esta é uma estratégia de guerra, mas também uma técnica para esvaziar-se dos entulhos emocionais colecionados com o passar do... Tempo. Este espinho que não cabe em ponteiros e não obedece nossa vontade.


Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso pai celeste. (Mt 6)


Deus nos prepara para a vitória. Povos maiores do que nós ao tempo certo cairão. Precisamos não temer estes povos. Precisamos não temer as dificuldades, as aflições; e confiar, esperar em Deus. Pois ele estão no meio do seu povo. Israel de Deus. O pão de cada dia ele derrama do céu para nossos corações.


Não devemos nos entregar aos desejos da carne. Desejos de ter problemas resolvidos de uma só vez, e apenas pelas nossas ações; desejo de ter o que não necessitamos. Ter paciência, mas não ficar parados. Esperar, sem degenerar a vida.


domingo, 8 de agosto de 2010

carta aos navegantes



olhem para o céu acima das ondas; olhem a lua. Permitam que Ela olhe a vocês. Navegue sóbrio pelo mar ébrio. Lave-se nas águas, salgue as feridas. Permita que as cicatrizes consolidem.

O timão. O norte virá. O sul revelar-se-á. Os pés ficarão secos e os olhos, a terra, enxarcada.


Além de não pecar é preciso estar inquieto com o pecado no meio do povo. Insistentemente pecamos. Continuamente devemos nos arrepender.


Se conhecimento traz tormento, Deus dá sabedoria para utilizarmos o conhecimento. Se conhecer é sentir dor, Deus dá-nos a verdade soberana da libertação. João 8: 32 (E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. )


FWN já muito dissertou; o homem é humano por demasia. Eis o que o impele a questionar-se tanto e o que o impossibilita de chegar a respostas. Imerso nesta impossibilidade estabelece o homem suas verdades. Permita-se abrir os olhos.


Fico extasiado como Deus utiliza das coisas criadas para correlacionar nossos questionamentos mais essenciais; ou diria existenciais.


Somos. De trás pra frente vice e versa somos. Utilizamos todo o tempo da linguagem. Mesmos sozinhos. Utilizamos dela para estabelecer um sistema de autoafirmação, manifestar por meio dela o inquieto mar de ideias e sensações. Materializar a capacidade. Em bando, utilizamos da linguagem para disseminar percepções, intenções e desejos. Impor argumentos. Com referenciais diferentes, queremos estabelecer o discurso unificado. Caímos de Babel.


Se há leitor, indico alguns versículos para o respiro.

João 5:44 / 7: 18 / 6: 26 / 12: 43 e 44

João 8: 29 / 9: 31


Cegos de nascença. Precisamos ser untados aos olhos com o lodo feito da saliva de Cristo (veja a história em João 9). A mesma saliva que lubrifica sua santa boca e percorre as palavras de verdade. Aceitar com paciência e buscar compreender o mover de Deus. A vontade e propósito acima do nosso entendimento. Aceitar nossas limitações não é covardia, é o extremo ato de coragem, reconhecer nossa impotência e total dependência de Deus. Ser fraco é para os fortes.


Estar em paz e satisfeito em Cristo, mas não cessar de buscar mais. Entregar a vida “controle das decisões” a Deus e reconhecer que ELE está no controle. Mt 6: 33 e 34 / Mt 7: 1 e 2.



Olhem para dentro

escutem o seu silêncio

permita brotar palavras do joelho.

Insano para os homens sociais

ainda há mais....

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

colunas

ando ávido por colunas. Distante de minha torre de marfim permito que meus olhos pastem por colunas. Deite-se, às vezes os olhos galopam com as mãos. Que palhaçada. A lógica da coisa não tem lógica e haja fila nas lojas de distrações. O umbigo virou lugar de refeição.

Voltando às colunas, elas têm deixado meus olhos cansados e a ponta dos meus dedos sujos. Nem ao menos há veneno no canto das páginas. O veneno se esconde nas palavras. A culpa é da percepção, do repertório que carregamos na caixa preta craniana, cinza, como um belo horizonte. Tempestade de nervos: movimentação de ideias, sensações e aquele menino faceiro: o Et cetera.

Entre emoções de brinquedo e lágrimas de verdade, música de brinquedo. Takai palavras leves aos ouvidos. Intervalo. Esperando pela oportunidade de ouvir com os olhos. Lendo Bíblia e preparando um novo post... um dia eu volto. Deus é bom.