quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Shell Beach

Namesadecafécombeyonce. Navarandaaoventocommadona. empacotadocommantimentosparaoHaiti. Alucinadocomomaisnovolançamentotecnológico. Enriquecendourânionoirã. Vibrandocomacomemoraçãodos20anosdalibertaçãodeMandela. SendopuxadoparaumbaleeirojaponêsjuntocomabaleiaMinkeeseufilhote, umacotacomercial. AssistindoaofaroestedeFHCDilmaeoestressado. QuedadolucrodaVale. RecordedelucrodoBradesco. Palavrascruzadasnaspáginaspoliciais. Diversãoedistraçãonosnoticiários. Realidade?

 

 

Morando no quartinho de empregada de meu coração. Mudei os livros de lugar. As roupas migraram. Meus pés agora se banham na suíte da cobertura de minhas emoções. O cérebro é para poucos. A vista dá para a Shell Beach de John Murdoch.

 

As informações agora vêem em nova embalagem. Embrulhadas em tsunami invadem nossas mentes sem pedir licença. Entram pelas frestas, incrustam-se em nossas terminações nervosas e iniciam um processo de necrose: emocional, física e espiritual. Como navegar nesta "onda". Melhor aprender a surfar, para não se encontrar, perdido nos confins da praia; dilacerado.

 

A congestão nos impede de viver além da efervescência de comunicar. A sociedade imersa em uma corrida frenética por comunicar, de todos os modos, por todos os meios, de todos os ângulos, idiomas. Tudo ao mesmo tempo. O conteúdo?

 

Sentindo aqui dentro as gotas de uma chuva que custou a cair, olho para Shell Beach pasárgada Ythaca e percebo que a atenção ao conteúdo tem se apresentado como um empecilho ao processo de comunicação, ou melhor, ao processo de emitir mensagens.

 

Todos querem emitir mensagens. Querem que elas sejam recebidas por multidões. Poucos querem receber, interpretar, construir significante.

 

Interrompo a caminhada entre minhas ideias para assistir a chuva, para desfrutar de minha nova morada.

 

 

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