Sentado à beira de "Shell Beach by JM" olhando o pôr do sol, percebo o vento mudar. Como quem vira subitamente o pescoço para o lado oposto, assim o vento muda. Não levanta poeira, não varre nada, mas leva os olhos para outro horizonte.
O crepúsculo desenha novas ideias no céu. As sombras se estabelecem sobre as coisas. Por um instante a luz se vai e fica a ausência. Distante da lua a 384.405 km fica evidente que ela não tem luz própria, embora fascinante.
Os olhos correndo pela areia percebem novas testuras. Sempre estiveram ali, mas imperceptíveis até então em virtude da magnitude de uma lua cheia, que apenas mostra um lado.
A madrugada desperta ainda mais os sentidos. Uno, o sol nasce. A virada. O vento então varre o passado, levanta poeira e acolhe um novo horizonte aos olhos. Os pés, as mãos enrugadas. Um novo tempo. Volto para dentro de minha cobertura, no alto de minhas emoções e em um próximo post, escreverei sobre um filme, uma mostra, um tempo.
http://www.youtube.com/watch?v=9YuPoM7NOHE
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